João com oito anos de idade, mirava lá ao longe, desde o alto da Boavista, aquela vinha salpicada com oliveiras, num sitio ainda bem mais ermo no monte de S. Bartolomeu. Sabia que era uma longa caminhada, mas estava decidido e fez-se ao caminho.
As lavadeiras lá estavam nos tanques, junto à capela do Senhor dos Aflitos, e no rio Fervença ainda não haviam vestígios de peixes, porque a época de pesca ainda estava para chegar. Não tardaria, pensou! Enquanto sorrindo esfregava as mãos de ansiedade.
Estava agora perto da rampa do Colégio de S. João de Brito, com a taberna da flor da ponte de um lado e o tanque de água fresca do outro. Estava com sede, mas sem opção por uma laranjada da taberna, lá teve que ir molhar o bico à torneira do tanque onde a leiteira de Nogueira esperava que a sua mula, que trazia os cântaros de leite todos os dias para vender na cidade, se saciasse também. Mas que jeito dava aquele tanque para os bovinos beberem quando guiados pelos donos para negócio nos dias de feira.
Subiu então a rampa e virou à esquerda por entre umas casas altas pintadas de branco e olhou para a ingreme subida que tinha que fazer, por um caminho ladeado de amendoeiras, nesta altura muito floridas, mimosas e os cerdeiros com os primeiros rebentos. No meio da encosta estava a quinta onde moravam os seus antigos vizinhos, o Zé Borbulha e o Toninho das cantarias. Nunca chegou ao certo a saber porque é que tinham mudado para um lugar tão ermo e longe de tudo.
Depois de passar a quinta, olhou para trás e pode então usufruir de uma vista maravilhosa indo os seus olhos pousar nas obras do liceu que estava quase pronto, bem perto de sua casa.
Estava agora perto da rampa do Colégio de S. João de Brito, com a taberna da flor da ponte de um lado e o tanque de água fresca do outro. Estava com sede, mas sem opção por uma laranjada da taberna, lá teve que ir molhar o bico à torneira do tanque onde a leiteira de Nogueira esperava que a sua mula, que trazia os cântaros de leite todos os dias para vender na cidade, se saciasse também. Mas que jeito dava aquele tanque para os bovinos beberem quando guiados pelos donos para negócio nos dias de feira.
Subiu então a rampa e virou à esquerda por entre umas casas altas pintadas de branco e olhou para a ingreme subida que tinha que fazer, por um caminho ladeado de amendoeiras, nesta altura muito floridas, mimosas e os cerdeiros com os primeiros rebentos. No meio da encosta estava a quinta onde moravam os seus antigos vizinhos, o Zé Borbulha e o Toninho das cantarias. Nunca chegou ao certo a saber porque é que tinham mudado para um lugar tão ermo e longe de tudo.
Depois de passar a quinta, olhou para trás e pode então usufruir de uma vista maravilhosa indo os seus olhos pousar nas obras do liceu que estava quase pronto, bem perto de sua casa.
Andou mais um pouco até chegar ao seu destino, Num dos cantos da vinha junto a um casebre, lá estava mais florido que nunca, um pequeno campo de alecrim á sua espera. Ficou feliz, olhou para os lados para ver se os donos da vinha estavam por perto. Ninguém apareceu, e então fez um pequeno ramo de alecrim e apanhou uns galhos de oliveira que estavam cortados, junto a uma das paredes do casebre.
Regressou a casa contente, e colocou o ramo numa jarra com água.
No dia seguinte acordou bem cedo e esperou que a mãe enfeitasse o ramo de oliveira e alecrim com uma rosa, e dirigiram-se os dois para a Igreja de Santa Clara onde ás oito e meia da manhã teve lugar a missa e a bênção dos ramos, com muitos participantes.
João sabia que o mais importante ainda estava para vir e foi com muito entusiasmo que de seguida foi oferecer o ramo á madrinha, que o recebeu feliz de braços abertos, e como agradecimento deu ao afilhado um grande chocolate Regina e o convidou a passar o resto do dia lá em casa com toda a família.
Passados tantos anos temo que esta tradição, que como tantas outras, se tenha perdido na nossa terra.
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