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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

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COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

segunda-feira, 3 de abril de 2023

Nuno Pires lança "Amar a terra, partilhar a saudade"

 "Amar a terra, partilhar a saudade" é o mais recente livro de Nuno Pires, director do Estabelecimento Prisional de Bragança


Depois de “Espelho Público”, lançado em 2018, esta é a segunda obra de Nuno Pires. É um conjunto de crónicas, publicadas em diversos órgãos de comunicação social, que relatam memórias de outros tempos. É uma viagem à aldeia que o viu nascer, Frieira, no concelho de Bragança, relata o autor. “As crónicas, a maior parte delas, prendem-se, sobretudo, com as minhas vivências rurais, ao longo da minha juventude. Vou mantendo alguma ligação à terra e é nesse sentido, sustentado nesses valores e experiências que tive e vivi profundamente, que escrevi a maior parte dos textos, que são respeitantes às tradições da terra e usos e costumes, da agricultura, daquilo que a rapaziada fazia na aldeia, tudo o que se prende com o meio rural. Outros são textos de vivências ou de observação da sociedade, de crítica ou menos critica, mas procuro também dar um valor construtivo àquilo que são as relações interpessoais, como o mundo deve ver o outro”.

Nuno Pires recomenda o livro aos mais novos, que desconhecem algumas das actividades rurais, que devem ser preservadas. “A maior parte da juventude, sem menosprezo por ninguém, nem sequer faz ideia do que é andar ao rebusco, andar à azeitona no tempo antigo, em que as lonas ficavam repletas de gelo e as oliveiras também, não fazem ideia do que é andar às batatas ou rapá-las, do que é lavar o cereal para depois ser moído. Penso que terá um carácter pedagógico interessante”.

O autor diz que não foi o facto de ter nascido numa aldeia, em tempos em que não havia estradas, nem luz, nem água canalizada, que o impediu de ter sucesso. Mas o sucesso diz que tem que se conquistar e dá trabalho. “Há gente que tem sorte, outros que nem por isso e há ainda gente que tem que lutar por ela. A sorte anda no ar e nós é que temos que a agarrar. Evidentemente que não me posso queixar da gestão da minha carreira profissional, primeiro como professor, depois como técnico de educação e assessor principal de reeducação e agora como director do Estabelecimento Prisional de Bragança”.

"Amar a terra, partilhar a saudade" foi apresentado na sexta-feira, na Biblioteca Municipal de Bragança.

Escrito por 
Brigantia
Jornalista: Carina Alves

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