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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

terça-feira, 23 de maio de 2023

"𝗙𝗲𝗶𝗿𝗮" 𝗱𝗮 𝗔𝗴𝗿𝗶𝗰𝘂𝗹𝘁𝘂𝗿𝗮 𝗱𝗲 𝗧𝗿𝗮́𝘀-𝗼𝘀-𝗠𝗼𝗻𝘁𝗲𝘀

 Antes de mais, vejamos o que diz a enciclopédia:
- "A agricultura é a prática de cultivar plantas e criar gado."
- "(...) Os principais produtos agrícolas podem ser agrupados em alimentos, fibras, combustíveis e matérias-primas (como a borracha). As classes de alimentos incluem cereais (grãos), vegetais, frutas, óleos, carnes, leite, ovos e fungos."
- "(...) Mais de um terço dos trabalhadores do mundo estão empregados na agricultura, perdendo apenas para o setor de serviços."
Partindo destes 3 pequenos pontos já se consegue perceber que o evento a que se assistiu no passado fim de semana, em Macedo de Cavaleiros, ficou muito aquém daquilo que um evento com esta temática pode e deve ser, para ser apelidado de Feira da "Agricultura".
A agricultura já não pode ser vista apenas como um hobby de alguns. Tornou-se efetivamente mais complexa, mais exigente e cara demais para poder ser apenas isso. E isso atribui-lhe um carácter financeiro, juntando esta prática a outras do sector das atividades económicas.
E, nesse contexto, lamento mas aquilo a que assistimos este fim de semana era muito pouco daquilo que poderia e deveria, efetivamente, ser.
O setor agrícola no nosso concelho vem a ganhar  dinâmica e a reforçar a sua posição. E é por isso que a Agricultura é o sector que, à semelhança de outros em Macedo de Cavaleiros, se pretende que venha a tornar-se num dos mais importantes do Concelho e que traduz verdadeiramente aquilo que é a nossa região.
Mas, sendo esta uma das principais atividades económicas da região, muito mais há a fazer.
E para perceber como o fazer, é essencial regressar uns bons 15 ou 20 anos atrás, aos idos tempos áureos da Feira de São Pedro, um dos primeiros e mais importantes certames empresariais e de atividades económicas da região e até do país.
Um certame em que se incluíam todas as áreas de negócio e em que mais de metade da área descoberta de exposição era destinada a dois dos mais importantes sectores de então. Sendo um deles, a agricultura.
Os principais representantes das marcas de equipamentos agrícolas aproveitavam cada dia daquela semana para expor as novidades, apresentar os desenvolvimentos e estabelecer contactos para futuros negócios.
Era ali, durante aquela semana, que os agricultores compravam o último modelo de trator ou a mais recente evolução em equipamentos para a sua cultura.
Para além disso, cabia naquele certame tudo aquilo que este fim de semana se esperava da feira do agricultor, lado-a-lado com os representantes das restantes atividades económicas. E por tudo, refiro-me a todos os sectores da agricultura.
E é nesse sentido que questiono (se bem que acho que até sei porquê) porque razão se separam duas feiras que se complementam, por meras 3 a 4 semanas, com a agravante de que a participação na feira da agricultura é gratuita, contrariamente à feira de São Pedro, colocando a organização da segunda em clara desvantagem.
Questiono, porque a agricultura é uma atividade económica com uma expressão enorme que não deve ser tratada com ligeireza e merecedora de muito mais que 2 dias de convívio e jogos tradicionais.
A agricultura e a pecuária, juntamente com todas as actividades lúdicas, formativas e de desenvolvimento que lhes são atribuídas, podiam muito bem representar a primeira metade da semana em que a feira de São Pedro decorre, ajudando-a a recuperar a força que outrora teve. 
Afinal, um fim de semana tanto o é em Maio como em Junho...
Houvesse vontade em unir esforços com aquela que deveria ser a associação comercial e industrial mais forte da região e tenho a certeza que teríamos, durante aquela última semana de junho, um dos maiores certames empresariais e das atividades económicas de Trás-os-Montes e uma cidade repleta de visitantes.
Seremos sempre maiores, juntos.
Parabéns Carlos Rodrigues pela clarividência que demonstras.

Cláudio Trovisco
(OPINIÃO)

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