Número total de visualizações do Blogue

Pesquisar neste blogue

Aderir a este Blogue

Sobre o Blogue

SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

sexta-feira, 26 de maio de 2023

Água nas albufeiras dos rios Douro, Sabor e Tua deveria ser utilizada no regadio

 O presidente da Associação de Produtores Agrícolas Tradicionais, com sede em Mogadouro, defendeu hoje que a água existente nas albufeiras dos rios Douro, Sabor e Tua deveria ser utilizada no regadio, e não exclusivamente na produção de energia.


“É fundamental começar a pensar, seriamente, na utilização da água existente nestas albufeiras para fins agrícolas, e não só para a produção de energia. Trata-se de água que depois corre para o mar sem outro tipo de aproveitamento”, disse à Lusa Armando Pacheco, manifestando-se preocupado com o desaproveitamento.

O dirigente acrescentou que culturas como o amendoal ou olival estão próximas destes empreendimentos hidrelétricos (albufeiras dos rios Douro Sabor e Tua) e que “sem água” não se tornam rentáveis “para os agricultores, principalmente em tempo de seca”.

“Vou ainda mais longe, há muita água que se desperdiça a norte do rio Douro, principalmente nos seus afluentes. Esta água tem igualmente de ser armazenada quando estamos em pleno, para depois ser utilizada em situações mais criticas”, vincou.

A Associação de Produtores Agrícolas Tradicionais e Ambientais (APATA) tem sede em Mogadouro, no distrito de Bragança, e representa cerca de 1.500 agricultores do norte e centro do país.

Armando Pacheco é igualmente da opinião que se devem acautelar os caudais necessários para manter vivos os ecossistemas, mas que não se deve deixar correr a água para o mar “sem ser primeiro utilizada para diversos fins agrícolas”.

“O caudal do rio Douro só existe para manter a produção energética. Empresas hidroelétricas fazem a gestão de caudais apenas por interesses próprios”, exemplificou o dirigente associativo.

O presidente da APATA é ainda da opinião que se deve levar água de norte para sul, que é território mais crítico em termos de seca, utilizando as bacias hidrográficas nacionais.

Para sustentar a afirmação, o dirigente defende que através de toda a bacia hidrográfica se "pode canalizar caudais para sul, utilizando morfologia do terreno para esse fim sem entrar em território espanhol”.

Apontou que canais como a construção de uma barragem no rio Côa, junto a Foz Côa (Guarda), cujas obras foram suspensas em 17 de janeiro de 1996, “podem armazenar água e através da morfologia do terreno canalizá-la para território mais a sul ajudando minimizar os impactos da seca”.

Armando Pacheco disse ainda que “esta água que se junta nas bacias hidrográficas por onde passam os rios e ribeiras tem de ser tomada em conta, e começar a pensar em construir represas para os regadios nestes territórios, para fazer face às necessidades hídricas”.

No fim do mês passado, 33,2% do território estava em seca moderada, 22% em seca fraca, 19,9% em seca severa, 14,1% em seca extrema e 10,8% normal.

Em abril do ano passado, todo o território de Portugal continental já estava em situação de seca, a maior parte em seca moderada (87,2%).

Os dados do boletim indicam que no mês de abril o total de precipitação (18,2 milímetros) foi muito inferior ao valor médio (23%), sendo o 3.º abril mais seco desde 1931.

No que diz respeito à percentagem de água no solo, o instituto referiu que houve uma diminuição muito significativa da percentagem em todo o território.

O IPMA adiantou também que o mês de abril classificou-se como muito quente em relação à temperatura do ar e extremamente seco em relação à precipitação.

FYP // JAP
Lusa/Fim

Sem comentários:

Enviar um comentário