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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

sexta-feira, 26 de maio de 2023

Reclusos de Izeda e Bragança conheceram escritor Pedro Chagas Freitas

 O escritor Pedro Chagas Freitas visitou, ontem, os estabelecimentos prisionais de Bragança e Izeda


Uma iniciativa do Festival Literário de Bragança com o objectivo da inclusão. Mais do que falar dos seus livros, o autor deu a conhecer a sua experiência e os seus falhanços e quis acima de tudo transmitir que as falhas não nos definem.

“Todos em algum momento fomos mais diabo do que anjo e é isso que me faz vir aqui, é tentar eu próprio sentir isso, recolocar-me diante do que eu sou e do que já fiz mal e transmitir a minha experiência enquanto pessoa, muito mais do que enquanto autor, porque eu julgo que os livros falam por si, eu não quero dizer-lhes que leiam, não quero nada disso, só quero que vejam que sou uma pessoa como eles, que já cometeu erros”, referiu.

O escritor admite que visitar as duas cadeias foi também para ele uma experiência que o enriqueceu.

“Ofereceram-me um quadro de um preso que está em Izeda e eu vou guardar com carinho, porque é muito mais que um quadro, é uma pessoa, é conhecer aquela pessoa”, contou.  

A biblioteca do estabelecimento prisional de Bragança estava cheia para receber Pedro Chagas Freitas. Muitos dos reclusos admitiram que escrevem e lêem e não perderam oportunidade para fazer questões ao escritor. Reconhecem que iniciativas como estas são importantes.

“Claro que é sempre importante. Para o recluso é sempre bom. Estamos privados da liberdade, mas ao mesmo tempo estamos a ser integrados na sociedade, porque vir pessoas de fora é muito bom para o recluso”, disse um dos reclusos que participou na sessão.

Como forma de prolongar o festival literário para o resto do ano, vão ser criados clubes de leitura nas cadeias de Bragança e Izeda. A informação foi avançada pela vereadora da cultura da câmara de Bragança, Fernanda Silva.

“Deslocação às cadeias, análise dos livros e essa promoção pode ser mensal, pode ser bimensal, de acordo com a disponibilidade dos técnicos da biblioteca”, explicou.

Escrito por Brigantia
Jornalista: Ângela Pais

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