Raul Minh’Alma foi à secundária Emídio Garcia ouvir os jovens e dar-se a conhecer. O escritor admite que os estudantes são um público especial e é um desafio cativá-los, mas há cada vez mais jovens a ler os seus livros. E as redes sociais são uma ajuda para se aproximar aos leitores.
“É importante quebrar essas ideias pré-concebidas de que o escritor é aquele ser muito recôndito, fechado e abstracto, que fala temas que não nos dizem nada. Eu procuro criar essa proximidade entre o escritor e o leitor, neste caso os jovens e mostrar que sou uma pessoa normal, que fala sobre coisas que são importantes para eles, falo sobre eles também nos meus livros e tem uma escrita que é fácil para eles lerem e entenderem e deixarem-se envolver”, disse Raul Minh’Alma.
Nas mãos os jovens tinham os livros já lidos de Raul Minh’Alma e a fila para os autógrafos era grande. Uma das estudantes que não faltou foi Maria Inês Fernandes. Não quis perder a oportunidade de conhecer o escritor.
“Acabei por me prender às obras dele, devido à sua escrita e á maneira como ele aborda todos os nossos problemas, a maneira como fala deles e como torna tudo natural e real. Posso dizer que era um sonho conhecê-lo, eu sigo-o no Instagram e vejo várias fotos dele, mas queria conhecer quem estava por trás”, contou, admitindo que achou “incrível” e que está “ainda mais motivada para ler o seu último livro”.
A vereadora da cultura da câmara de Bragança, Fernanda Silva, faz um balanço positivo do arranque do festival e o escritor Raul Minh’Alma não foi escolhido ao acaso.
“Raul Minh’Alma trabalha temáticas que chegam aos mais novos e às vezes damos por nós a pensar que há uma faixa etária dos 15 aos 18 anos em que há muito poucos escritores e de facto o Raul Minh’Alma destaca-se e vimos aqui que ele prende os mais novos, mas também os mais velhos, porque as temáticas que ele aborda são também inclusivas pela sua abrangência etária”, referiu.
De manhã os escritores Rui Ramos e Miguel Gouveia estiveram com os mais pequenos. À noite Raul Minh’Alma ainda esteve à conversa com o jornalista Mário Augusto na Biblioteca Municipal de Bragança.
O Festival Literário de Bragança decorre até sábado.
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