Foto: CMB |
“Deixando marcas do território, das gentes, da paisagem, do rio, do património imaterial, desde a gastronomia, as rezas, as lendas, todas associadas ao rio, à região e naturalmente a Trás-os-Montes, porque o rio Douro, não é só o rio que separa regiões, mas que liga uma região transmontana e, portanto, quando se fala do Douro inevitavelmente a região de Trás-os-Montes está associada”, referiu.
A presidente da Academia de Letras de Trás-os-Montes não tem dúvidas de que as experiências e vivências dos transmontanos estão bem patentes nas suas obras.
“Diria que há uma literatura que transborda aquilo que é a génese de Trás-os-Montes. Nós acabamos por ser moldados pelas nossas vivências, pelo frio do Inverno, pelas nossas comidas, pelas nossas paisagens, pelos nossos rituais de trabalho, tudo isso faz de nós autênticos e isso é transbordada na literatura”, sublinhou.
A apresentação da colectânea culminou com o encerramento do Festival Literário de Bragança, que decorreu entre quarta-feira e sábado. A edição mais participada de sempre.
“Foi o festival mais participado de sempre, inclusivamente no envolvimento da comunidade escola, o que revela um trabalho muito interessante que as bibliotecárias escolares têm vindo a desenvolver e também nas sessões da noite para público em geral, o que significa que as pessoas se revêem cada vez mais nestas iniciativas e vêm a leitura como um meio de inclusão e de se autoconhecerem melhor”, avançou a vereadora da cultura, Fernanda Silva.
A Academia de Letras de Trás-os-Montes conta com 150 associados e tem já 10 colectâneas editadas. A deste ano com intitulada “Douro: Um Território de Palavras”.
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