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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

terça-feira, 16 de maio de 2023

Distrito de Bragança não vai ser contemplado com medidas de apoio do Governo ao investimento nas explorações agrícolas

 O Ministério da Agricultura e da Alimentação reconheceu, na semana passada, a situação de seca severa e extrema em cerca de 40% do território nacional e, por isso, aprovou medidas de apoio ao investimento nas explorações agrícolas.


Contudo, a região fica de fora dessa ajuda. Parte do território está apenas em seca moderada. Ainda assim, há concelhos a ser ajudados e que estão em situação idêntica à da região.

Vítor Rodrigues, dirigente da Confederação Nacional de Agricultura, diz que não compreende em que se baseou o ministério para criar esta declaração e que é urgente ajudar a região:

“Achamos que seria da mais elementar justiça e urgente que se estendesse, desde já, a situação de seca a estes territórios para permitir, pelo menos, aliviar ou mitigar os danos que já são irreversíveis”.

Vítor Rodrigues esteve, na sexta-feira, em Mogadouro, para uma visita a explorações agrícolas naquele concelho, percebendo os “danos já visíveis provocados pela seca”:

“Há um teor de água no solo extremamente baixo e aquilo que verificamos é que já se notam os efeitos nefastos e irreversíveis dessa situação, nomeadamente nas searas, que não cresceram e que, algumas, não vão ser cortadas, outras vão ser dadas para pastoreio para gado. Por outro lado, temos a falta de pasto porque já foi comido ou está seco. Sendo um segundo ano de seca, as pessoas já não têm reservas. Espanha também está nesta situação e não tem palha para vender aos portugueses, deste lado, tal como no ano passado. Há um certo pânico por parte dos criadores de animais”.

Carlos Lopes, dirigente da Associação para o Desenvolvimento Agrícola e Rural das Arribas do Douro, também está receoso com o cenário que já tem à frente. A entidade tem cerca de mil associados, entre criadores de animais e agricultores com culturas permanentes, de Mogadouro, Vimioso e Miranda do Douro, e não há muitos que estejam minimamente bem:

 “Já o ano passado foi dramático, de seca extrema, mas ainda havia reservas dos anos anteriores e conseguiu-se ultrapassar. Este ano perspetivava-se que houvesse forragens e aconteceu tudo ao contrário. quer dizer que este ano estamos piores”.

Carlos Lopes, que também é agricultor, lamenta que o único apoio que o ministério dá ao agricultor seja “aquilo que vem da Comunidade Europeia”. “Do Orçamento do Estado não sai um cêntimo para o agricultor. Essa é a verdade. A única coisa que recebemos são as ajudas da PAC, que lhe temos direito, por lei”.

O fenómeno climático adverso de seca severa ou extrema é reconhecido, segundo um despacho assinado pela Ministra da Agricultura e da Alimentação, Maria do Céu Antunes, nos distritos de Évora, Beja, Faro, Portalegre, Santarém e Setúbal, mas nem todos estes estão nessa situação. Assim sendo, não se compreende porque é que o distrito fica de fora da ajuda, já que uma grande parte dos concelhos de Bragança, Macedo de Cavaleiros e Mirandela, bem como uma pequena percentagem do de Vimioso, estão em seca moderada. O mesmo acontece, por exemplo, com Castelo Branco.

INFORMAÇÃO CIR (Rádio Brigantia)

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