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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

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COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

sexta-feira, 19 de maio de 2023

QUEM FAZ A LÍNGUA É O POVO

Por: Humberto Pinho da Silva 
(colaborador do "Memórias...e outras coisas...")

Que os brasileiros são mestres em introduzir na língua portuguesa, estrangeirismos e neologismos, todos sabemos, e já não espanta ninguém.
Sabemos, também, que é o povo que faz a língua, e não decretos ou petições.
Como não sou filólogo e muito menos – pobre de mim, – purista, respeito e aceito evolução natural do idioma.
Tenho para mim, que novos vocábulos, são achegas preciosos, que enriquecem a língua e que ela só lucrará com isso.
Deve-se, no meu modesto pensar, – ter o devido cuidado ao "inventar" novos vocábulos, quase sempre desnecessários, e, quantas vezes, abastardam, ainda mais, o português, falado em cinco continentes.
O introito é devido ao dicionário Michaelis, haver incluído o verbete: Pelé, a pedido da Fundação do mesmo nome, apresentando à editora, cento e vinte e cinco mil assinaturas, recolhidas pela Internet
Segundo o dicionário: " (...) O nome de Pelé é sinónimo de fora do comum, que em virtude da sua qualidade, valor ou superioridade não pode ser igualado a nada ou ninguém, assim como Pelé, apelido de Edson Arantes do Nascimento (1940-2022). Considerado o maior atleta de todos os tempos; excecional, incomparável, único. Exemplo: Ele é o pelé do Basquete. Ela é a pelé do ténis. Ela é a pelé da dramaturgia brasileira.
Sei que o Pelé não é o primeiro a ter o nome incluído num dicionário, como sinónimo, mas não é comum, pelo menos por petição.
Se a moda pega, não faltará quem colha na Internet, milhentas assinaturas, no intento de incluir vocábulos no dicionário.
Na melhor das intenções ou alguém carregado de ódio, pode, desde agora, solicitar a introdução, no dicionário, de palavras ou nomes de individualidades, desde que reúna as assinaturas necessárias.
O nome de alguém, que foi muito poupadinho, pode significar: avarento. Outro de contumácia. Outro, por ser muito bonzinho de anjo; e ainda outro, de mentiroso.
Os reis tiveram cognomes, e assim ficaram registados na História, mas os atuais ficarão, apenas, certamente, nas mudas páginas de alguns dicionários.
Mal vai o idioma que inclui, sinónimos, por decreto ou petição.

Humberto Pinho da Silva
nasceu em Vila Nova de Gaia, Portugal, a 13 de Novembro de 1944. Frequentou o liceu Alexandre Herculano e o ICP (actual, Instituto Superior de Contabilidade e Administração). Em 1964 publicou, no semanário diocesano de Bragança, o primeiro conto, apadrinhado pelo Prof. Doutor Videira Pires. Tem colaboração espalhada pela imprensa portuguesa, brasileira, alemã, argentina, canadiana e USA. Foi redactor do jornal: “NG”. e é o coordenador do Blogue luso-brasileiro "PAZ".

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