O vice-presidente da Comunidade Intermunicipal das Terras de Trás-os-Montes está descontente com o facto de o Ministério da Agricultura ter motivado os agricultores a aderir à agricultura biológica e, neste momento, ter avançado que a ajuda que deveria ser dada em Outubro poderá chegar apenas em Julho do próximo ano, uma vez que tinha orçamentado para um terço daquilo que foram as candidaturas reais. Pedro Lima lamenta que os agricultores estejam a chegar a um beco sem saída. “Vemos de uma forma muito negativa o modo com a agricultura está a ser tratada em Portugal e mais concretamente em Trás-os-Montes. O agricultor do Nordeste, além de já ser uma pessoa com alguma idade, está a ver um beco sem saída. Aquilo que depende do Governo tinha que estar prontamente à disposição dos agricultores”.
Mas os atrasos não ficam por aqui. “Todas as outras ajudas, nomeadamente, os que são destinados a zonas desfavorecidas, onde o Nordeste se enquadra, que deveriam também ser atribuídas aos agricultores em Outubro, serão dadas em Novembro. Estamos com um atraso a todos os níveis. Após dois anos de seca, de intempéries e do aumento dos factores de produção, os agricultores estão a ser completamente desprezados”.
Pedro Lima diz não compreender a atitude do Ministério da Agricultura. “Isto é mais uma machadada na agricultura do Nordeste, que já luta para sobreviver”.
Na região, apenas 4% dos agricultores têm idade inferior a 40 anos.
Pedro Lima lamenta que em Portugal, muitas vezes, haja atrasos no pagamento de apoios e de subsídios, ajudas sem as quais o sector não desenvolve, tal como nos Estados Unidos da América, França, Alemanha e Bélgica.
Sem comentários:
Enviar um comentário