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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

segunda-feira, 6 de maio de 2024

Bolor, o hóspede silencioso (mas perigoso) do nosso duche

 Ao contrário do que se costuma pensar, uma exposição prolongada a este tipo de fungos pode provocar problemas de saúde que variam consoante a sensibilidade de cada um.

SHUTTERSTOCK - A exposição ao bolor pode ter efeitos negativos na nossa saúde.

Os locais com muita humidade são o cenário perfeito para o aparecimento de micro-organismos como o bolor: essa camada esverdeada ou negra que, por vezes, aparece na casa de banho e nos cantos da cabina de duche. Precisamente por poder aparecer em qualquer casa, costuma-se pensar que não é uma ameaça para a nossa saúde, mas nada está mais longe da realidade.

Tal como indicam os Centros para o Controlo e Prevenção de doenças dos EUA (CDC, em inglês), as consequências da exposição ao bolor para o bem-estar dos membros da casa infectada podem variar consoante a sensibilidade de cada pessoa: por exemplo, as que sofrem de patologias respiratórias, como asma, podem reagir de forma grave, enquanto aquelas com resistência às alergias podem não ter qualquer reacção.

Os especialistas afirmam que o convívio com este micro-hóspede, que vai crescendo rapidamente se as condições – temperatura e humidade – lho permitirem, deve durar o mínimo tempo possível, uma vez que o bolor afecta negativamente a qualidade do ar do espaço no qual, sem permissão, mas com remédio, se instala.

O BOLOR É PERIGOSO PARA A SAÚDE?

A exposição prolongada a ambientes interiores húmidos pode ter diferentes efeitos negativos na saúde das pessoas. A presença de bolor em casa pode agravar estas patologias. Assim o demonstraram diversos estudos citados pelos CDC, nos quais se referiram provas suficientes para relacionar a contaminação micótica – gerada pelos fungos – com diversas condições como:

  • Tosse e sibilos em pessoas saudáveis; 
  • Reacções alérgicas como conjuntivite ou rinite; 
  • Agravamento dos sintomas existentes em pessoas asmáticas; 
  • Pneumonites em pessoas com predisposição para esta condição imunitária; 
  • Aparecimento de asma em tenra idade.

Além disso, é necessário destacar que nem todos os fungos são iguais, existindo alguns mais prejudiciais do que outros. Por exemplo, os Aspergillus versicolor, Penicillium ou Stachybotrys podem causar problemas de saúde mais graves como micoses, enquanto os Cladosporium não costumam causar infecções nos seres humanos. No entanto, os especialistas recomendam que não dedique demasiado tempo a descobrir que tipo de bolor invadiu a sua casa: a melhor opção é sempre eliminá-lo o mais depressa possível.

COMO ELIMINAR O BOLOR DO DUCHE?

O bolor chega à nossa casa sob a forma de esporos que vêm do exterior através dos sapatos, de tecidos ou no pêlo dos animais de estimação. Só quando encontram as condições adequadas de humidade, temperatura, luz e os nutrientes básicos essenciais é que germinam e adquirem a aparência com que os conhecemos produzida pelas hifas e os micélios: os filamentos encarregados de criar a característica massa esverdeada e aveludada.

Chegado a este ponto, o micro-organismo cresce desenfreadamente nos cantos da sua casa e pode emitir milhares milhões de esporos por minuto, segundo o Guia para a Qualidade do Ar Interior da Organização Mundial da Saúde (OMS). Isto significa que, apesar de eliminar a parte visível com produtos de limpeza ser relativamente fácil, são as partículas pequenas que causam o problema maior: e que têm a capacidade de sobreviver em condições extremas (frias e secas) durante anos.

Partilhamos, em seguida, as recomendações dos CDC para dificultar a existência destes micro-organismos, desde ventilação a hábitos de higiene:

  • Controlar os níveis de humidade: de acordo com as directrizes da OMS, é aconselhável manter entre 30 e 50 por cento de humidade atmosférica ao longo de todo o dia. Um bom aliado poderá ser um dispositivo de ar-condicionado ou um desumidificador, sobretudo durante os meses húmidos, que variam consoante a área geográfica.
  • Garantir a ventilação dos espaços: abra as janelas para arejar a casa pelo menos uma vez por dia.
  • Prestar atenção aos tecidos húmidos: recomenda-se não estender a roupa recém lavada dentro de casa, mesmo que seja uma divisão pouco frequentada. Além disso, guardar toalhas ou esponjas de banho em locais húmidos pode ocasionar o aparecimento de bolor.
Se os fungos já tiverem aparecido na sua casa, retire e lave adequadamente os elementos contaminados: antes de iniciar a sessão de limpeza, é aconselhável abrir portas e janelas. Não precisa de utilizar um produto específico para a eliminação do bolor: usar água e detergente e uma esponja e, opcionalmente, lixívia é suficiente. Por fim, o mais importante é secar bem as superfícies desinfectadas, para não proporcionar novas oportunidades de desenvolvimento a estes hóspedes indesejados.

Constanza Vacas

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