Este evento vai recriar o processo do linho à maneira antiga. E inclui o ciclo do linho, desde a sua plantação, ao seu tratamento, até ao fio pronto para se colocar no tear.
A organização deste evento está a cargo de Adriano Rodrigues, um aficionado, que pretende que esta arte antiga não seja esquecida.
Por isso, explica todo o processo:
“Semeia-se o linho como outro cereal qualquer, arranca-se e tem que estar a secar quatro ou cinco dias. Depois, coloca-se num rio, debaixo da água, durante 10 dias.”
Para já os preparativos estão terminados, uma vez que o linho já foi demolhado no rio e já foi colocado a secar. O amante desta arte tão antiga, continua a explicar, demonstrando as voltas que o linho dá:
“Depois passa-se o linho pelos sedeiros. Passa-se a planta para que fique mais fina”.
Após este processo, asseado num sedeiro de ferro, sai a estopa e fica o linho, e ainda Fiado com roca e fuso, estão prontas as meadas para irem ao tear, pelas doces mãos da tecedeira, para cria lençóis, panos, mantas, tapetes, entre outros:
“Coloca-se no tear, com os vários pentes e é aí que surge o tecido”.
A organização desta festa está a cargo de Adriano Rodrigues, em colaboração com elementos da aldeia. Sempre quis fazer esta atividade:
“Sou um cidadão normal que sempre gostei desta atividade. Comecei a maçar o linho quando tinha 12 anos.”
Este é o ciclo do Linho que se vai recriar na primeira festa em Talhas, que também vai contar com animação musical com um grupo de concertinas.
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