O projecto “apartamentos partilhados” da Associação Reaprender a Viver, de Bragança, consiste em dois apartamentos, cada um com capacidade para acolher cinco pessoas individualmente. Conta com o apoio do município de Bragança e da Segurança Social.
O presidente da instituição, Eduardo Gonçalves, explicou que o objectivo é reintegrar as pessoas na sociedade. “São pessoas que vêm de situações desfavorecidas, outras saem de estabelecimentos prisionais que não têm onde ficar e é para isso que surgiu este projecto inovador, para os apoiar, para os voltar a integrar na sociedade. Todos os dias são visitados, tentamos arranjar-lhes entrevistas de emprego, tentamos integrá-los na sociedade e prepará-los para que logo que seja possível desocuparem o apartamento e terem uma vida normal”, esclareceu.
As pessoas podem ficar alojadas durante um ano, podendo chegar a dois. A maioria é sem-abrigo.
Neste momento, o apartamento para homens já está cheio. Devido à procura, seriam precisos mais apartamentos. Mas como não é possível, está a ser feita uma gestão rigorosa. “Vamos tendo cada vez mais situações. Em Março assinámos o protocolo para dar início e agora já estamos com problemas. Esta sexta-feira vamos ter reunião para mais um caso e vamos ter dificuldades, porque é uma pessoa do género masculino e está cheio, temos de encontrar outra solução. Este operativo que trabalha as pessoas em situação de sem-abrigo tem de encontrar outra solução”, explicou a directora da instituição, Anabela Queirós.
Um dos apartamentos foi cedido pelo município de Bragança, que cobre todas as despesas associadas. O presidente da Câmara, Paulo Xavier, realçou o trabalho que tem vindo a ser feito no acolhimento de pessoas carenciadas. “Isto é excelente, porque não temos sem-abrigos no nosso concelho. Pode aparecer alguém, mas nós depressa, com a nossa rede, temos uma equipa robusta, com grande capacidade de resposta, que atende sempre aos problemas do dia-a-dia”, frisou.
No contrato celebrado com a Segurança Social, a Associação Reaprender a Viver vai receber 485 euros, por mês, por cada pessoa. Alimentação e produtos de primeira necessidade também são suportados pela instituição.
Os dois apartamentos, com capacidade de acolher um total de 10 pessoas, ficam situados em Bragança.
O município de Bragança já no tempo da pandemia disponibilizou um apartamento para acolher sem-abrigos, que está ainda ocupado.
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