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Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço.
A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)
(Henrique Martins)
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quarta-feira, 4 de julho de 2012
Linha do Tua: Movimento cívico indignado com suspensão de transportes alternativos sem aviso
O Movimento Cívico pela Linha do Tua (MCLT) manifestou-se hoje "indignado" com a decisão unilateral da CP de acabar com os transportes alternativos ao comboio sem qualquer tipo de aviso às populações.
"O MCLT mostra-se chocado e indignado pela impunidade com que o Conselho de Administração da CP tem lidado com a Linha do Tua, os seus utentes e funcionários", escreve, em comunicado.
O movimento critica "esta decisão unilateral da CP contra um compromisso assumido perante e em conjunto com várias entidades públicas" de assegurar o financiamento dos transportes alternativos à circulação ferroviária, suspensa há quatro anos, desde o último de quatro acidentes com outros tantas vítimas mortais.
O MCLT lembra que a supressão dos táxis que faziam o percurso em alternativa ao comboio "atira com dezenas de habitantes do vale do Tua para um dia a dia sem qualquer transporte público, onerando em alguns casos, de forma insustentável, a sua qualidade de vida e a sua própria sobrevivência".
Os defensores da linha apontam "o caso de vários idosos que dependiam do comboio para as suas consultas médicas e compra de medicamentos, esmagados por pensões de miséria".
A CP acabou os transportes alternativos a 01 de julho, dando conta da supressão do serviço num aviso com dois parágrafos colocado na página da Internet.
Segundo informa, "na sequência da decisão de suspensão do processo de reativação do trajeto Ferroviário da Linha do Tua, compreendido entre a estação do Tua e Cachão, a partir de 1 de julho de 2012, será suprimido o Serviço Rodoviário Alternativo, TUA / RIBEIRINHA / CACHÃO, que esta empresa tem assegurado nos últimos anos".
A empresa indica ainda que "a baixa procura registada neste serviço comprova que a solução rodoviária com recurso a operadores locais é seguramente a solução de mobilidade mais adequada, quer do ponto de vista da sustentabilidade económica quer do ponto de vista ambiental".
A CP pagava ao metro de Mirandela 250 mil euros anuais para assegurar o transporte em toda a linha do Tua, entre Mirandela e o Tua, 125 mil dos quais destinados aos transportes alternativos.
A empresa assinou, em março de 2011, um protocolo com as várias entidades ligadas ao Tua em que se comprometia a financiar a mobilidade na zona até à conclusão do Serviço Turístico Multimodal, um projeto resultado das contrapartidas exigidas à EDP para a construção da barragem de Foz Tua, que vai submergir parte d alinha.
O movimento cívico acusou a CP de "fazer tábua rasa" do protocolo e de pôr em causa também a empresa do Metro de Mirandela, de que é acionista, e que já admitiu não ter condições para continuar a circular.
O movimento defende que "urge que a tutela imponha ordem e respeito a este Conselho de Administração da CP" e que a gestão da linha "deve passar para uma entidade local e isenta que entenda que as receitas de um caminho de ferro vão muito para além das que provêm da bilheteira".
Lusa
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