O Campeonato de Portugal de Montanha ganhou um novo interesse, com Pedro Salvador a interromper a serie de vitórias consecutivas, protagonizada por Tiago Reis.
Pedro Salvador surpreendeu tudo e todos, ao alinhar na Rampa de Bragança com um Juno CN 11, que lhe permitiu assinar o melhor tempo do dia. Fez a subida oficial, disputada ontem, Sábado, no tempo de 2m 19,280 segundos, que colocavam Tiago Reis a 3,9 segundos.
Paulo Ramalho esteve em “dia não” e um toque na segunda subida de treinos, danificava-lhe a traseira direita do Juno CN 09, deixando-o com algumas mazelas visíveis. Mesmo assim ainda conseguia recuperar o carro, a tempo de fazer a primeira subida de prova.
Joaquim Teixeira liderou na Categoria 1.
Baixou sucessivamente os tempos e acabou por assinar 2.42.804, na primeira subida de prova. Fernando Peres decidiu fazer o gosto ao pé cá por Bragança e depois de retirar quase três segundos ao melhor tempo dos treinos, bateu a concorrência e ficou a seis décimas do líder.
Logo de seguida, novo Mitsubishi Lancer Evo IX, desta feita o de Rui Ferreira da Silva, mostrando que, pelos vistos, os carros de Ralis se dão bem por estas bandas. Foi terceiro, à frente de Luis Silva. Novamente as diferenças mínimas, neste caso três décimas, a valerem um lugar mais à frente a Rui Ferreira da Silva.
Depois os homens dos Renault Clio, com Luis Nunes e levar a melhor sobre Bernardo Sá Nogueira.
Martine Pereira teve bem menos sorte do que qualquer dos adversários e o Alfa-Romeo quebrava a corrente de distribuição no fim dos treinos e já não podia alinhar na primeira subida de prova.
Rui Amorim, continua a dominar nos menos de 1300,cm3.
Nos clássicos assistimos a uma espécie de conta de subtracção. José Pedro Gomes saia de estrada, devido a ter encontrado gravilha no piso e tinha que dedicar o resto da tarde a reparar o Ford Escort MKII, para poder, pelo menos, assegurar a participação nas subidas de hoje.
Domingos Fernandes via a junta da culassa do Autobianchi ir para os anjinhos e também ele seguia um caminho idêntico ao do homem do Ford.
Assim, restavam três em prova. Aníbal Rolo a dominar com o Renault 5 Turbo, seguido de Abel Marques. Isto no que diz respeito às contas da Categoria Três. Na Quatro, tudo muito mais fácil, pois Francisco Marrão alinha sozinho.
Domingo
A tendência manteve-se na sessão de treinos de Domingo. Ou seja os quatro da frente (Categoria Dois) mantiveram as posições. Joaquim Teixeira continua a dominar da Categoria Um e tudo se mantém muito animado com a discussão a manter-se à fracção de segundo.
Martine Pereira, depois dos problemas de distribuição, teve que regressar a casa, pois o motor do Alfa-Romeo 156 já não podia ser recuperado.
Melhor sorte teve José Pedro Gomes, que conseguiu colocar o Ford Escort de novo em competição e apesar da carroçaria apresentar algumas mazelas, já andava a incomodar Aníbal Rolo, que era meio segundo mais rápido.
Domingos Fernandes regressa também e leva a melhor na luta dos Autobianchi.
Segunda subida oficial
A segunda subida de prova foi marcada pela necessidade de fazer repetições. Os últimos seis concorrentes encontravam bandeiras amarelas e logo depois deparavam-se como carro de Luís Silva. O BMW 320i partia a direcção e seguia para o morro, sem que o piloto pudesse fazer algo para contrariar a tendência.
Em termos de tempos, registem-se os 2m 18,291s de Pedro Salvador, que colocavam Tiago Reis a 3,4 segundos. Seguem-se Paulo Ramalho, cujo Juno não ficou perfeito depois do toque de Sábado. João Fonseca encerra o quarteto da frente.
Na Categoria Um, Joaquim Teixeira mantém-se na frente, deixando a concorrência, mais uma vez, a discutir segundos. A escola dos Ralis parece resultar e Fernando Peres passa a ser o líder da oposição ao líder da categoria.
Rui Silva é terceiro, seguido de perto por Bernardo Sá Nogueira, que fica menos pressionado pois Luis Nunes, também em Reanult Clio tinha dado um toque na subida de treinos e o carro não estava perfeito.
O melhor tempo nos clássicos passa agora a ser de José Pedro Gomes, que roda em 2m47,384s.
Final
Pedro Salvador voltou a ser o melhor, na terceira e última subida de prova. A rampa, de um modo geral estava mais lenta e portanto na frente ninguém melhorava tempos. Feitas as contas finais, o piloto de Chaves contabilizava 4m37,571s, o que lhe dava uma margem de 7,318 segundos sobre Tiago Reis.
Paulo Ramalho podiam também comemorar o mais baixo do pódium, pois João Fonseca não conseguia arrancar para o último acto desta prova. Problemas no motor de arranque do Juno, impediram-no de alinhar.
Joaquim Teixeira fazia contas e via que muito dificilmente lhe seria retirada a vitória na Categoria Um. Decidiu não alinhar nesta subida. O mesmo fizeram Luis Nunes, que viu que com o Renault Clio desalinhado pelo toque não iria mais longe e Rui Amorim, que tinha já na mão a vitória no Troféu Nacional dedicado aos automóveis com menos de 1.300 cm3.
O segundo posto da categoria dedicada aos automóveis de Turismo e GT, foi disputada até ao baixar do pano. Fernando Peres mostrou que “a quem sabe, não esquece” e rodou num ritmo que parecia que lhe ia garantir o lugar no pódium, mas a surpresa aguardava-o e Rui Ferreira da Silva, faz um tempo canhão e “rouba” o posto de Peres, colocando-o no terceiro lugar. A diferença nas contas finais foi de quatro décimas!
Bernardo Sá Nogueira acabou por fazer uma quarta posição descansada, pois o “barulho” era um pouco mais atrás. A saber: há sete décimas que separam os irmãos Trindade, respectivamente Nelson e Herlander, e Luís Nunes ainda se foi meter lá no meio da guerra familiar, mesmo sem ter alinhado na derradeira subida.
O grupo dos dez da frente era respectivamente encerrado por Jorge Meira (oitavo), João Guimarães (nono) e Rui Amorim, esse mesmo, o vencedor da classe dos 1.300.
Nos Clássicos da Categoria Três, José Pedro Gomes aproveitou para contrariar o ditado que diz que “o que mal acaba, tarde ou nunca se endireita”. Depois do acidente de Sábado, apenas pôde apostar nas duas subidas de Domingo e nas contas finais, bateu Aníbal Rolo, por 1,619 segundos. Entretanto os homens dos Autobianchis andavam entretidos numa luta sem quartel, em que uma décima era o suficiente para que Domingos Fernandes batesse Abel Marques.
Por fim, a Categoria Quatro, uma espécie de “ Crónica de um Vencedor Anunciado”, pois Francisco Marrão era o único participante.
in:supermotores.net
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