A iniciativa surge no âmbito do projecto de cooperação transnacional “Wolf: Wild Life & Farmers”, que envolve Portugal, Espanha, Suécia, Estónia, Roménia e Polónia, e visa “promover a coexistência pacífica da actividade pastorícia com o lobo, espécie que continua em risco de extinção”.
Uma das medidas sugeridas é a “remuneração directa aos agricultores das zonas onde está identificada a existência de alcateias, por meio de pagamento por serviços ambientais”, refere à Renascença o presidente da Corane – Associação de Desenvolvimento dos Concelhos da Raia Nordestina, Artur Nunes.
O documento a enviar à Comissão Europeia propõe também a criação de unidades especializadas em assistência pecuária, para responder aos ataques de lobos, seguros específicos e de etiquetas de certificação de qualidade para produtos oriundos de áreas com alcateias, e ainda medidas de prevenção, tais como implementação de cercas, cães de raças específicas para a pastorícia, assim como a atribuição de medidas compensatórias por danos de ataques de lobos.
As propostas resultam de um trabalho de dois anos, que contemplou a realização de várias reuniões e acções, e envolveu várias associações dos seis países integrados no projecto.
No âmbito do projecto, vão decorrer, a 21 e 22 de Junho, as jornadas transnacionais, em Bragança e Vimioso, onde vai ser apresentado o documento a enviar à Comissão Europeia e que tem por objectivo criar regras, de modo a preservar o lobo e a actividade pastorícia.
rr.pt
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