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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

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COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira..
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Livro - «Sabores do Ar e do Fogo», uma viagem ao mundo dos enchidos e presuntos portugueses

Presuntos, chouriços, salpicão, farinheira são produtos que resultam da prática ancestral da matança do porco. Esta e outras abordagens, como a adaptação da salsicharia nacional à internacionalização, ou a uma cozinha com menos gordura e sal, estão reunidas no livro «Sabores do Ar e do Fogo», de Fátima Moura.
Ao longo de dois anos, a autora deste «Sabores do Ar e do Fogo» percorreu as salsicharias nacionais e casas de produtores para conhecer os segredos dos enchidos e presuntos portugueses. «Refiro no livro os produtos que existem, distribuídos pelas regiões continentais e Açores. Não é uma lista exaustiva porque a variedade é imensa», comenta Fátima Moura.
Nesta viagem pelo mundo dos enchidos e presuntos nacionais, a autora captou um retrato da actualidade. Fátima Moura conta que, «sobretudo em Trás-os-Montes, os enchidos são feitos por pessoas de certa idade que continuam a produzir como aprenderam. A mesma receita há anos. Já no Alentejo há tendência para pequenas indústrias artesanais».
O livro nasce de um desafio lançado pelos Correios de Portugal (CTT) que quiseram colocar os enchidos nacionais numa colecção de selos. A emissão filatélica tem quatro taxas iferentes. Para correio nacional, há dois selos para correio doméstico com a farinheira de Estremoz e Borba e o chouriço mouro de Portalegre e a farinheira de Monchique e o chouriço de Estremoz e Borga que estão entregues aos selos para correio azul.
A Europa receberá um selo ilustrado com paio enguitado de Portalegre e morcela de São Miguel, Açores, e o correio internacional terá paio de Portalegre e maranhos da Sertã. A colecção está disponibilizada no livro que dá também uma contextualização histórica destes produtos gastronómicos.
«Faço uma abordagem do porco como uma vertente cultural no Norte e no Sul do país. Ainda hoje, a matança é um fenómeno cultural importante em todo o país. Depois existe um capítulo dedicado aos comeres da matança nas várias regiões. Continua a fazer-se a festa da matança, mesmo que esta prática não ocorra como antigamente. Nalguns casos levam ao matadouro para ser morto e depois cumprem-se as outras tradições», explica Fátima Moura.
Da tradição, o livro passa para a actualidade. Aborda a produção nos dias de hoje, tendo em conta aspectos como a «adaptação necessária de determinados produtos por questões de saúde, devido à gordura e ao sal, a necessidade de repensar a função desses dois elementos e também do sabor, porque os nossos gostos actualmente são diferentes do que há anos».
«Sabores do Ar e do Fogo» coloca assim os olhos no futuro porque, «se pretendemos divulgar a nossa salsicharia lá fora, há que fazer adaptações mais consentâneas com o gosto actual», defende a autora.
A melhoria do produto tendo em conta a saúde e o encontrar de novos sabores são questões levantadas no livro que, gostava a autora, «pudesse ajudar ao debate sobre o que vai ser a nossa salsicharia no futuro».
Fátima Moura defende que «estes produtos estão na moda em todo o lado e temos condições para impor os nossos produtos, se conseguirmos ultrapassar alguns problemas. Somos bons nessa área e teríamos condições para poder exportar».
O livro Sabores do Ar e do Fogo» teve a coordenação do crítico de gastronomia José Quitério.

Sara Pelicano
in:cafeportugal.net

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