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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

terça-feira, 1 de julho de 2014

Duplicou o número de famílias carenciadas em Mirandela

Cantinas sociais com lotação esgotada e com filas de espera
Duplicou o número de famílias que recorrem ao Plano de Emergência Social (PES) de Mirandela.
No primeiro trimestre de 2013, a Câmara Municipal registou e atendeu 96 pedidos de ajuda. Já no mesmo período deste ano foram 177 pessoas a recorrer a essa ajuda, que contempla a comparticipação de medicamentos, água, luz, gás, renda de casa, infantário e outros apoios indiferenciados urgentes.
Só neste primeiro trimestre, o município já gastou quase todas as verbas destinadas para todo o ano de 2014.
A principal solicitação é a comparticipação de medicamentos. O valor anual previsto para a compra destes ronda os 30 mil euros, no entanto, no primeiro trimestre já foram gastos mais de 26 mil, restando apenas quatro mil euros até Dezembro.
A falta de dinheiro para pagar renda de casa é a segunda razão pela qual os mirandelenses recorrem ao PES. Foram gastos perto de 10 mil euros no primeiro trimestre.
Além do PES, a Câmara Municipal apoio cerca de uma dezena de famílias dentro do Regulamento dos Apoios Económicos em habitação, medicamentos, manuais escolares, refeições e passe escolar.
Famílias pedem ajuda
Em suma, nos três primeiros meses de 2013, o município de Mirandela gastou ao todo quase 24 mil euros e em 2014 duplicou o montante para o apoio às famílias e gastou cerca de 40 mil euros.
Para o autarca mirandelense, o facto de o PES continuar activo significa que as famílias estão a passar necessidades económicas significativas. “O plano de emergência só é usado com a devida fundamentação, ou seja, quando as condições socio-económicas justificam. Houve um incremento nos apoios, estamos a meio do ano e já demos mais este ano do que o ano inteiro de 2013”, esclarece António Branco.
No entanto, o presidente do Município admite que estes números também podem significar maior eficácia da Rede Social que está mais atenta às famílias carentes.
“O PES só tem um ano e meio de execução e as pessoas também começam a conhecê-lo, mas claro que é muito preocupante, porque este plano intervém em situações efectivamente em situações identificadas de dificuldades e isso significa que temos que estar mais atentos e activos”, salienta António Branco.
DESTAQUE:
40 mil euros foi o valor que a autarquia de Mirandela gastou com o PES em 2014. A principal solicitação é a comparticipação de medicamentos.
Rede Social coesa
Além dos dois apoios acima referidos, há mais cerca de mil famílias que são apoiadas pela Cantina Social e Banco Solidário, ambos da alçada da Santa Casa da Misericórdia de Mirandela.
A Cantina Social de Mirandela surge em Junho de 2012 e começou por servir 65 refeições diárias. Hoje serve uma centena de refeições e tem a lotação esgotada, havendo ainda gente em lista de espera.
No Banco Solidário, até Maio deste ano, foram apoiadas 63 famílias regularmente e 21 pontualmente.
Todos os dias são distribuídos por famílias carenciadas entre três a cinco cabazes alimentares.
“Connosco colabora o hipermercado Pingo Doce, que nos ajuda muito a fazer os cabazes diários. As pessoas doam mais à base de alimentos, como massa, arroz e conservas, mas muitas vezes falta-nos o leite, as papas e outros alimentos para crianças”, refere o coordenador do Banco Solidário de Mirandela, Francisco Mendonça, apelando à comunidade para doar bens alimentares e outros produtos.
Ainda em 2013 foram apoiadas 84 famílias pelo Programa Comunitário de Ajuda Alimentar a Carenciados (PCAAC). Agora estão a ser apoiadas 124 pelo Fundo Europeu de Auxílio a Carenciados (FEAC), antigo PCAAC.
Caixa:
Respostas Sociais do Banco Solidário de Mirandela
- Gabinete de Acompanhamento e Orientação aos Requentes - Centro Cívico de Mirandela
- Loja Social “Sorriso Solidário” – Mercado Municipal 
- Banco Alimentar
- Banco de Materiais 
- Equipa Móvel, visitas domiciliárias
- Cantinas Sociais- Torre Dona Chama e Mirandela
- FEAC- Fundo Europeu de Ajuda a Carenciadas
CLDS+ já apoiou perto de uma centena de pessoas
O Contrato Local de Desenvolvimento Social +, um projecto parceiro da Câmara Municipal de Mirandela, apoiou 46 famílias num total de 140 pessoas no âmbito do seu Gabinete de Apoio à Família.
O atendimento é efectuado por uma assistente social, que identifica a problemática do cidadão ou família e promove o seu encaminhamento para os parceiros da Rede Social, que possibilitem uma resposta social.
Este projecto detém ainda o Banco de Móveis Usados, que foi criado com o objectivo de fomentar a partilha de mobiliário usado, ainda em bom estado, promover a sua recuperação e restauro e disponibilizando-o, gratuitamente, a quem dele necessite.
Foi criado em Janeiro e já ajudou duas famílias a equipar as suas habitações, no entanto, existem actualmente seis pedidos em lista de espera.
“É feito um diagnóstico de necessidade, sempre em parceria com a Rede Social e o Banco Solidário, e aí sim são doados. Efectivamente o número de pedidos de ajuda tem aumentado e nós apelamos, assim, às pessoas para doarem o que já não precisam”, salienta o coordenador do projecto CLDS+ de Mirandela, Luís Pereira.
Macedo e Bragança gastaram menos
Já os municípios de Macedo de Cavaleiros e Bragança reduziram o valor gasto com o apoio social. Ambas as autarquias não dispõem de planos de emergência, no entanto, têm algumas verbas para alocar às emergências sociais.
Em Macedo de Cavaleiros diminuíram para metade o número de pedidos de ajuda. No primeiro semestre de 2013, deram entrada 13 processos, mas apenas seis foram atendidos, num valor aproximado de sete mil euros. No período homólogo deste ano, deram entrada metade dos pedidos, apenas seis, e só cinco foram atendidos, num total de 5700 euros. De referir que o plafond disponível é de 10 mil euros anuais.
O município de Bragança recebeu no primeiro trimestre de 2013 cerca de 260 pedidos de apoio, que variaram entre pedidos para pagamento de transportes escolar e urbano, comparticipação de medicação e despesas com luz e água. A autarquia respondeu a 98 por cento destes pedidos. Em 2014 registou-se uma redução de cerca de uma centena de pedidos de ajuda.
O autarca de Bragança, Hernâni Dias, justifica esta diminuição com o facto de o município ter uma relação muito próxima com as instituições de solidariedade social. “Esta relação consertada com as instituições que compõem a rede social faz com que seja dada uma resposta eficaz às famílias carenciadas. Todo o apoio que nós concedemos a essas instituições, quer seja financeiro, quer seja logístico, faz com que as respostas sejam dadas sem que essas famílias recorram directamente ao município”, salienta o edil.
DESTAQUE:
Bragança registou uma redução de cerca de uma centena de pedidos de ajuda.

Cátia Barreira
in:jornalnordeste.com

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