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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

sábado, 19 de julho de 2014

Torre de Moncorvo: A última aldeia com atividade piscatória em Trás-os-Montes

Chico Barbas, como gosta de ser tratado, é um dos últimos pescadores que se veem em pequenos barcos rabelos, cruzando diariamente as águas dos rios Sabor e Douro.

É da aldeia da Foz do Sabor, no concelho de Torre de Moncorvo, a única localidade transmontana onde ainda há quem sobreviva da pescaria.
Nada que se compare, porém, com a intensa atividade piscatório de outros tempos, que era o sustento de muitas famílias naquele território do sul do distrito de Bragança.
«No passado, a pesca não era para qualquer um. Era uma tarefa muito difícil, mas vinha aqui à aldeia gente de todo o distrito à procura de peixe. Muitas famílias foram assim criadas», recorda Chico Barbas.
Numa aldeia com pouco mais de 300 habitantes, só duas famílias é que não se dedicavam à arte da pesca. «Hoje, é notório o envelhecimento dos mestres da pesca», observa.
Como a atividade já não é rentável, os pescadores procuram outras formas de subsistências e deixam o alerta às autoridades, para que os típicos barcos rabelos possam também ser convertidos em meio de transporte fluvial para turistas.
«Há muita gente que me pede para dar uma volta no meu barco rabelo, mas há muitas restrições e muita fiscalização por parte das entidades marítimas. Não podemos arriscar e pedimos para que a legislação que regulamenta o sector seja revista a fim de podermos continuar a trabalhar», frisa o pescador.
Ramiro Relhas, o mais velho pescador da Foz do Sabor, com 84 anos, diz que desde cedo começou a atividade nas águas do rio e recorda que o colchão andava sempre no barco, para nele dormir enquanto as redes esperavam os peixes.
«Poucas vezes íamos a terra, tanto eu como a minha mulher, e assim rentabilizávamos o tempo e a pescaria que era desenvolvida quase até ao Pocinho», enfatiza o velho pescador.
A Câmara de Torre de Moncorvo diz ter projetos para dinamizar e rejuvenescer a atividade na última aldeia piscatória transmontana e está a lançar, através do Gabinete de Apoio a Investidor, projetos para a recuperação e pintura dos barcos e outros atrativos para relançar a atividade naquela aldeia.
«A Foz do Sabor é um dos ex-líbris turísticos do concelho de Torre de Moncorvo. Queremos, através de apoios vindo da autarquia, que a atividade piscatória seja relançada e continue, assim, a um ser um modo de vida sustentável na região», diz Nuno Gonçalves, autarca de Torre de Moncorvo.
Novos projetos turísticos começam a surgir nas mediações do Foz do Sabor, região será a porta de entrada do ambicionado complexo proporcionado pelos três lagos de Baixo Sabor que começaram a ser criando, aquando do enchimento da barragem em construção naquele curso de água e que poderá beneficiar os concelho de Torre de Moncorvo, Alfândega da Fé e Mogadouro.
Um cais para barcos de grade calado e uma nova fluvina fazem parte do projeto para assim atrair os turistas que viajam nos grandes barcos que diariamente sobem o rio Douro desde Porto até à Barca de Alva.

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