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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quarta-feira, 21 de março de 2018

FCC e trabalhadores do lixo chegam a acordo para formalizar do fim do contrato e pagamento das indemnizações

Está finalmente resolvido o impasse laboral, que durava há mais de dois meses e meio, entre 29 funcionários e a administração da FCC, empresa responsável pela recolha do lixo, nos cinco Municípios da Terra Quente Transmontana.
O contrato de concessão da prestação do serviço terminou, no final de 2017, e os trabalhadores não foram integrados na nova empresa a quem foi concessionado o serviço, mas também não receberam as cartas de despedimento, nem as indemnizações pelo tempo de serviço.

O caso chegou a tribunal e, na semana passada, foi estabelecido um acordo entre as partes, que obriga a empresa a formalizar a caducidade do contrato de trabalho e ao pagamento das indemnizações relativas à contagem do tempo de serviço

Nos últimos 20 anos, a empresa FCC foi a responsável pela recolha do lixo dos 5 municípios da terra quente: Mirandela, Vila Flor, Alfândega da Fé, Macedo de Cavaleiros e Carrazeda de Ansiães.

O contrato de concessão com a Resíduos do Nordeste, empresa intermunicipal que gere o sistema de resíduos urbanos de todo o distrito de Bragança, terminou, no final de 2017.

Já em Agosto do ano passado, tinha sido lançado o concurso internacional para subconcessionar a recolha, que foi ganho pela Ferrovial, mas a FCC só comunicou aos 34 funcionários que cessava o contrato, quinze dias antes do final do ano.

No entanto, a carta não falava em despedimento, mas antes que os trabalhadores iriam ser transferidos, com a salvaguarda dos direitos, para a nova empresa que ganhou o concurso.

Só que, quer a Resíduos do Nordeste, quer a empresa Ferrovial, não deram garantia que assim fosse alegando que ao terminar o contrato, cessavam as obrigações e a empresa FCC é que teria de resolver a questão laboral, levando os trabalhadores a avançarem para uma greve, na última semana do ano.

Como nada se resolveu, a partir de 2 de Janeiro, a Ferrovial iniciou funções e apenas contratou 5 funcionários afectos à FCC. Os restantes 29 ficaram numa indefinição quanto ao seu posto de trabalho.

Aconselhados pelo sindicato, os trabalhadores continuaram a comparecer no antigo posto de trabalho até ao dia 15 de Fevereiro, para estarem reunidos os prazos legais para pedir a suspensão dos contratos de trabalho e terem direito ao subsídio de desemprego.

Perante este braço de ferro, os trabalhadores recorreram ao tribunal de trabalho, mas o assunto ficou resolvido com um acordo entre as partes, em que ficou decidida a caducidade do contrato de trabalho com a FCC, que procedeu ao despedimento formal e pagou as respectivas indemnizações, na passada segunda-feira.

Os trabalhadores dizem ser um mal menor, mas lamentam que se tenha perdido tanto tempo a resolver o caso.

“Podiam ter feito isto a 15 de Dezembro, mas fica resolvida a situação e foi melhor para todos. Houve má fé, porque podia ter resolvido antes e não chegaria a esta situação”, afirmou José Rodrigues, que fala dos tempos difíceis que viveram nos últimos dois meses e meio sem receberem qualquer salário.

Depois desta luta, os 29 ex-funcionários da recolha do lixo têm pela frente outra tarefa que não se prevê nada fácil: procurar trabalho.

Para já, têm garantido o subsídio de desemprego e as indemnizações do tempo de serviço na recolha do lixo.  

Escrito por Terrra Quente (CIR)

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