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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

segunda-feira, 24 de setembro de 2018

Interior com taxas próximas da totalidade na resposta em cuidados continuados

É no interior que se registam as taxas de resposta de cuidados continuados à população próximas da totalidade. Os dados foram avançados pelo coordenador da reforma do Serviço Nacional de Saúde para a área dos cuidados continuados integrados, Manuel Lopes, no I Congresso Ibérico em Cuidados Continuados Integrados, em Bragança.
No país existirem perto de 8500 camas e seis mil pessoas a receber cuidados em casa mas Manuel Lopes defende que a resposta não deve ser avaliada apenas em função do número de camas. "A região do país, já agora, que tem menos cobertura, é a região de Lisboa e Vale do Tejo, neste caso, não é o interior que está prejudicado. Do ponto de vista da cobertura de camas, a região norte, como um todo, começa a ter uma cobertura muito interessante, todavia, a resposta não deve ser só avaliada em função do número de camas e aquilo que nós defendemos é uma resposta de mais proximidade. Nós defendemos a criação de equipas de cuidados continuados integrados que vão a casa das pessoas, e aí, a esse nível, ainda precisamos continuar a trabalhar para criar mais equipas e mais capacidade nessas equipas para levarem cuidados a casa das pessoas, cuidados esses que precisam ser regulados entre a saúde a Segurança Social".

Manuel Lopes confirma ainda não estar satisfeito com a cobertura nacional já que as necessidades da população são crescentes e esclarece que o país não está a ganhar a batalha da luta contra a dependência. "Há muito caminho a percorrer, eu não posso estar satisfeito porque as necessidades da população são crescentes. Não estamos a ganhar a batalha da luta contra a dependência. Estamos a viver mais anos mas estamos a viver mais anos com dependência, ou seja, continuamos a ter cada vez mais pessoas a precisar de mais cuidados".

Pela unidade de cuidados continuados da Santa Casa da Misericórdia, que assinalou o seu quarto aniversário este mês, já passaram mais de 600 pessoas. A directora desta unidade, Susete Abrunhosa, explica que na unidade há essencialmente pessoas acima dos 65 anos e descreve o perfil destes doentes. "A tipologia de utentes são essencialmente pessoas que sofreram AVC's ou quedas. Na unidade de média duração e reabilitação e na unidade de longa duração são essencialmente as feridas por pressão e também AVC's mas com menos potencial de reabilitação. São essencialemente pessoas idosas e muito idosas, temos poucas pessoas abaixo dos 65 anos, é uma percentagem mínima".

Um dos debates no congresso foi sobre a eutanásia e contou com a participação de José Pinto da Costa, médico legista que afirmou que é a favor do suicídio medicamente assistido na teoria, mas na prática não, porque poderia haver o risco de os mais frágeis da sociedade é que seriam os mais prejudicadas. "Há sempre a perspectiva de um efeito prático de utilidade sócio-económica, muitas das pessoas que constituem um encargo social, é preciso não esquecer que estamos a construir um sociedade de velhos, de velhos e de doentes. Nós temos aquela noção da eutanásia quando pensamos se nosso Senhor o levasse era uma graça muito grande portanto, nesta espécie de eugenia social havia esse risco, embora do ponto de vista teórico e filosófico eu entenda que a eutanásia é um direito que nos assiste enquanto pessoas em termos de liberdade, na teoria, na prática tenho receio".

Numa mesa redonda em que participou ainda o Bispo diocesano D. José Cordeiro, o médico José Pinto da Costa afirmou ainda que um referendo sobre a eutanásia não faria sentido porque a população não está suficientemente informada sobre a prática.

Escrito por Brigantia
Olga Telo Cordeiro e Carina Alves

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