Está a ser criada uma bolsa de troca de eucaliptos para que haja uma transferência desta espécie de zonas de menor produtividade para zonas de maior produtividade. Foi esta a garantia deixada pelo Secretário de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural, Miguel Freitas, numa discussão, em Mogadouro, sobre o futuro da floresta.
Miguel Freitas confirmou que “a política do governo vai no sentido de reduzir a área de eucalipto em Portugal”. “Significa transferir o eucalipto de zonas de menor para maior produtividade. Vai permitir que os produtores tirem o eucalipto metam lá a espécie de crescimento lento apoiados pelo sábado e pago não apenas o investimento, mas uma parte da manutenção das novas espécies”, referiu.
Miguel Freitas assumiu ainda que se está a equacionar o alargamento do cadastro gratuito de terrenos a todo o país já que, nos 10 municípios que fazem parte do projecto-piloto, há 40% do cadastro feito. “Significa que estamos em condições de equacionar dentro do governo o alargamento do cadastro a todo o país”, avançou.
O presidente da Federação Nacional das Entidades Gestoras de Zonas de Intervenção Florestal, Armando Pacheco, acredita que o que é essencial é os produtores florestais poderem registar os terrenos nas conservatórias com custos reduzidos. “Acreditamos num cadastro florestal medido no terreno com GPS, não como está a ser feito agora. O que é essencial é os produtores florestais poderem registar os terrenos com custos reduzidos”, frisou.
Armando Pacheco espera que a criação das Zonas de Intervenção Florestal seja o ponto de partida para a melhor gestão da área florestal já que, em Mogadouro, é preciso apostar em espécies que são produtivas. “Na nossa região temos de apostar nalgumas espécies que sabemos que são produtivas, temos o sobreiro que é uma árvore que nos dará uma riqueza enorme, estão a aproveitar-se os projectos apoiados por fundos comunitários na parte do sobreiro, para no futuro termos aqui uma grande pressão de cortiça”, afirmou.
Segundo Armando Pacheco, foi pedido à tutela alterações nos processos de apoio e criação de ZIF para a gestão do território sem catástrofes e no distrito de Bragança vai ser apresentada uma candidatura de 3500 hectares para limpeza, em 10 ZIF, em que 115 proprietários vão entregar a gestão das suas parcelas na parte da limpeza dos seus terrenos.
Escrito por Brigantia
Carina Alves
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