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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

segunda-feira, 24 de setembro de 2018

Misericórdia quer gerir unidade psiquiátrica de Bragança

O provedor da Misericórdia de Bragança está a tentar negociar a gestão da unidade psiquiátrica local, que promete rentabilizar com novas respostas para as demências a "metade dos custos" que o Estado tem, revelou hoje o responsável.
Eleutério Alves especificou que a Santa Casa da Misericórdia de Bragança (SCMB) propôs uma parceria à Unidade Local de Saúde (ULS) Nordeste para gerir a unidade psiquiátrica de Bragança e criar ali resposta às demências, inexistente atualmente na região.

A próxima valência que esta instituição particular de solidariedade social pretende disponibilizar à população de Bragança é precisamente na área das demências, sendo que o provedor já tinha manifestado a intenção de criar uma ala para este fim na Unidade de Cuidados Continuados, mas o projeto é agora outro.

O responsável falava à margem de um seminário para assinalar os quatro anos da Unidade de Cuidados Continuados da Misericórdia que disponibiliza 67 camas destinadas a quem teve alta hospitalar ou está em situação de dependência e precisa de serviços médicos, por onde passaram mais de 600 doentes.

A unidade abriu em 2014 com 40 camas, aumentou para 55 e agora tem mais 12 em regime privado, fora da rede nacional de cuidados continuados e não comparticipadas pelo Estado, sendo pagas integralmente pelo doente.

Na inauguração, o estado só comparticipou 40 das mais de 60 camas da capacidade da unidade e o provedor avançou com a intenção de ocupar as restantes numa ala destinadas a pessoas com demência.

Eleutério Alves revelou hoje que, ao longo dos últimos anos, tem, no entanto, tentado negociar com a ULS Nordeste um protocolo para a entrega da gestão da unidade psiquiátrica da Quinta da Trajinha à Misericórdia, com o propósito de criar ali resposta para estes doentes.

Numa altura em que a ULS está a elaborar, com a participação dos agentes locais, um Plano de Saúde Local, o provedor da Misericórdia entende que o mesmo deve ter em conta uma estratégia para atenuar a problemática das demências na região.

"Nós hoje temos muita gente dependente e sobretudo com doenças do foro mental - nós sentimos isso nos nossos lares de idosos e na população em geral - e era necessário criarmos essa resposta. Creio que, juntamente com a ULS Nordeste, podemos avançar para aí", declarou.

Eleutério Alves defende que "há hoje já instalações no âmbito hospitalar que podem perfeitamente ser protocoladas para uma gestão privada com a SCMB e ser mais rentabilizadas para dar melhor cobertura ao concelho".

O provedor refere-se à unidade da Quinta da Trajinha e indicou que "há vários anos" que anda a tentar esta solução, que tem sido discutida com os três últimos presidentes da ULS.

"É sempre pertinente e tem sempre pés para andar, mas acaba por não andar, porque na altura em que é preciso tomar alguma decisão, da parte da saúde há um retrocesso", contou.

A expectativa é de que agora com o plano local de saúde essa solução seja contemplada e o provedor da Misericórdia diz que "seria muito mais vantajoso para a Saúde em termos financeiros".

Segundo os cálculos que fez, garante que "se poderia poupar muito próximo dos 50% dos custos que aquela estrutura hoje está a ter com a gestão pública".

A resposta às demências é considerada tão necessário como a unidade de cuidados continuados, a maior do distrito de Bragança, que, desde a abertura há quatro anos, tem estado sempre lotada.

Segundo a diretora-técnica, Suzete Abrunhosa, a maioria dos utentes é idosa e "são essencialmente pessoas que sofreram AVC (acidentes vasculares cerebrais) e quedas". Na Unidade de Média Duração e na longa duração o maior número de casos é de feridas por pressão e também AVC com menos potencial de reabilitação.

Agência Lusa

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