sexta-feira, 28 de setembro de 2018

“Uma Serra no Coração da Terra Quente”: as fotos de um transmontano de gema

“Uma Serra no Coração da Terra Quente”, é o nome da exposição fotográfica do escritor e artista António Manuel Pires Cabral.
Um transmontano de gema, conhecido pelos inúmeros trabalhos literários, expõe agora um dos seus hobbies: fotografar paisagens transmontanas. Uma atividade sobre a qual o autor, explica mais um pouco:

“É só um trabalho de amador, nunca fui profissional de fotografia, não percebo nada de técnica de fotografia, mas tenho alguma sensibilidade estética e quando olho para uma paisagem vejo se ela merece ou não ser captada na fotografia.

É isso que eu faço. Quando venho cá acima, sou apaixonado aqui pela minha terra, naturalmente gosto muito  de pegar na máquina e ir pelos caminhos fora à caça, como quem vai à caça da perdiz, eu vou à caça da paisagem.”

E da fotografia, nasce por vezes a aguarela:

“Gosto de fazer aguarelas, mas também tal como fotógrafo, sou totalmente amador, não tenho nenhuma espécie de conhecimentos técnicos, gosto é de fazer. Quando a paisagem sugestiona, me diz qualquer coisa, gosto de tentar passá-la para aguarela. É muito mais complicado do que fotografar, e realmente são muito mais as aguarelas que rasgo depois de as ter feito do que aquelas que se aproveitam, mas de qualquer maneira é um hobbie como outro qualquer.”

Pires Cabral, reconhecido pela sua escrita, que não deixa de confessar também, que grande parte das suas histórias se prendem com as suas origens:

“É única atividade extra professor a que me dedico, que de alguma forma tem alma. Até porque de facto, publico em grandes editoras e, inclusivamente, ganho algum dinheiro com os livros. Sou, de alguma forma, um escritor profissional. Devo-lhe dizer que uma boa percentagem daquilo que escrevo, mas uma percentagem bastante elevada, tem a ver com a Terra Quente Transmontana.

«O Romance Cónego» é um romance transmontano; a «Casa Ardida» é um romance transmontano; a «Raquel e o Guerreiro» é um romance transmontano; os «Contos do Diabo» são contos transmontanos, portanto tenho dificuldade em despir a pele de  transmontano.” 

A exposição está patente na Sala de Exposições Temporárias do Posto de Turismo, em Macedo de Cavaleiros, e foi inaugurada esta quinta-feira, no âmbito das comemorações do Dia Mundial do Turismo.

Escrito por ONDA LIVRE

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