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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quarta-feira, 26 de setembro de 2018

Outono no Douro: uma explosão de cor

O rio serpenteia no vale, afagando as encostas das colinas agora cobertas de espanto. Passando as águas perto da foz, o Douro é como que um traço forte a sublinhar de azul o assombro dos laranjas e vermelhos com que as encostas se vestiram. O Outono no Douro é como em nenhum outro lugar.


O vale do Douro traja de gala para nos receber no outono. As encostas cobrem-se de cor como se a natureza fizesse um desenho para explicar o nome do rio. Mas o nome foi-lhe dado pelo homem e foi também das mãos de homens que nasceu a paisagem que hoje nos deslumbra.

Jogo de cores e geometrias

O Douro será um dos melhores locais do mundo para se apreciar as cores do outono. É certamente o sítio onde a estação melhor se mostra em Portugal. Culpa do homem, que fomos nós quem construiu os socalcos e neles plantou vinhas; fomos nós quem deu magia a uma paisagem já de si deslumbrante.

Se nunca viu o Douro no outono, nunca viu o outono. Faça um cruzeiro subindo as águas do rio ou vá de carro. Mas a nossa sugestão é que apanhe o comboio e sempre pela margem direita vá vendo a paisagem transformar-se até à explosão de cores do Douro Vinhateiro.

Pare em Peso da Régua ou em qualquer outro ponto e faça um percurso pedestre, sinta-se inebriado com o festival de laranjas e vermelhos à sua volta, aprecie as geometrias das cepas e socalcos, as gradações de cores que parecem estudadas.

O Museu do Douro
Se sair na estação de Peso da Régua não se esqueça de visitar o Museu do Douro, na antiga Casa da Companhia, um dos mais emblemáticos edifícios da cidade. Aqui, conheça a exposição “Douro, Matéria e Espírito”, usufrua da paisagem, prove o néctar saído das encostas no Wine Bar e olhe para a paisagem na esplanada. Numa zona onde não faltam bons restaurantes, tem ainda a alternativa de comer no próprio museu, no “A Companhia”. São todas elas boas hipóteses para se complementar um passeio de outono no Douro.

O Douro sublinha o outono com um traço forte de azul

Pode também fazer um cruzeiro de um dia pelas águas do rio. A Douro tem programas especiais de outono com descida ou subida do rio e viagem de comboio de/para o Porto.

Se viajar de automóvel fizer mais o seu estilo, siga pelas estradas que acompanham o Douro e não se esqueça de se deixar levar pela Nacional 222, entre Peso da Régua e o Pinhão.


Nacional 222 – o nome da estrada diz-lhe alguma coisa? É natural, foi considerada por um estudo encomendado pela Avis como a melhor estrada do mundo para se conduzir, pela relação entre curvas e retas. E ainda por cima com um cenário perfeito.

Divirta-se a fazer a estrada, mas faça-o em ritmo de passeio. Não se esqueça que chegou aqui por causa das cores. Aprecie as encostas que se sucedem, pare nos miradouros, aprecie cada recanto: encante-se com o outono no Douro.

Porque em nenhum outro lugar verá o outono como no Douro. É a própria revista Traveler que o diz, ao eleger a paisagem Património da Humanidade como uma das oito melhores para se apreciar as cores do outono em todo o mundo.


Jorge Montez
Portugal de les a les

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