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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2018

Asilo Duque de Bragança

O Asilo Duque de Bragança, criado sob os auspícios de D. Carlos, foi definitivamente instalado em 1867 pelo Governador Civil em exercício, Henrique José Ferreira Lima, para proteger instruir a “infância desvalida”, as meninas órfãs, ao cuidado de duas irmãs do Recolhimento do Loreto, substituídas em 1900, a convite da Câmara Municipal, pelas Irmãs Franciscanas de Nossa Senhora, que aí irão continuar mesmo após a proclamação da República.

Era a concretização de um projeto iniciado em 1857 – à semelhança do que acontecera em Vila Real, em 1855 – pelo Governador Civil em exercício, Augusto Ernesto de Castilho e Melo, projeto esse que, apesar de “apoiado por toda a boa gente de Bragança”, demorou uma década para abrir portas. Instalado no convento beneditino de Santa Escolástica, a partir de 1875, começou a funcionar como escola de ensino primário, ministrando ainda formação em francês, música, piano, serviços domésticos e lavores, preparando assim as meninas para, aos 14 anos, serem entregues a “famílias honradas e de bons costumes”, onde passavam a trabalhar.
Recebendo anualmente, nas décadas de 1860-1870, 17 a 29 órfãs, o seu número foi aumentando, de tal forma que, por 1899-1900, registava 40 alunas internas e 70 externas. 

Para explicar este aumento do número de alunas, importa referir que, a partir de 1875, passou a receber as meninas abandonadas ou expostas da roda-hospício – criada em Bragança no ano de 1872 –, a partir dos sete anos de idade.
Casa de beneficência, caridade e instrução, na década de 1870, tinha “uma vida raquítica e enfezada”, “sem as necessárias condições de higiene e capacidade”, com meios “muito poucos e limitados”, apesar de a Junta Geral do Distrito e o Governo contribuírem para o seu funcionamento.
Mau grado estas dificuldades, o Asilo Duque de Bragança desenvolveu uma importante ação na integração social das crianças desprotegidas.
Em 1910, o número de crianças e adolescentes internas andava pelas quatro, sendo de 70 o número das alunas externas.

Título: Bragança na Época Contemporânea (1820-2012)
Edição: Câmara Municipal de Bragança
Investigação: CEPESE – Centro de Estudos da População, Economia e Sociedade
Coordenação: Fernando de Sousa

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