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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2018

Seminário de Bragança

O Seminário de Bragança, após um longo período de encerramento, reabriu as suas portas em 1852, “em condições precárias por falta de recursos”.
Tendo em atenção a necessidade urgente de reparar as suas instalações e o seu “limitadíssimo” rendimento – 80 000 réis –, a Junta da Bula da Cruzada concedeu-lhe, em 1853, um subsídio de 1,2 contos de réis e pediu ao Governo, dois anos mais tarde, um apoio de 1,5 contos de réis, apoios esses que continuaram nos anos seguintes.
Fachada principal do Seminário de Bragança

O curso de estudos teológicos, bienal, era constituído por quatro cadeiras – direito canónico, teologia dogmática, teologia moral e teologia sacramental –, garantidas por dois professores. A sua frequência exigia um diploma liceal de gramática latina, filosofia e moral. Uma década mais tarde, passou a curso trienal, englobando então sete cadeiras.
Em 1872-1873, o Diário do Governo registava no Seminário de Bragança “uma grande desproporção entre o número de professores, o pessoal empregado e o dos alunos” – naquele primeiro ano, para nove professores existiam 13 empregados quando o número de alunos externos e internos era de 17.
D. José Alves de Mariz, em finais do século XIX (1885-1898), vai introduzir novas cadeiras que vão enriquecer e atualizar este curso – física, química e história natural; música e canto; arqueologia e corografia.
Paulatinamente, à medida que o Seminário de Bragança passou a dispor de melhores instalações e equipamentos – o embrião da sua biblioteca começou em 1864-1865 –, os jovens naturais da Diocese de Bragança-Miranda, que estudavam preferencialmente no Seminário de Braga, passaram a frequentar o Seminário de Bragança.
Com 44 alunos em 1854, 46 em 1855, o seu número cresceu significativamente até 1910 – 25 alunos em 1861-1862, perto dos 100 na década de 1880, mais de 200 em 1896-1897, perto de 260 alunos em 1904. A maioria destes jovens era oriunda do mundo rural e de grupos sociais economicamente mais desfavorecidos, funcionando esta instituição de ensino e educação como um valioso instrumento da sua valorização social e cultural.

Título: Bragança na Época Contemporânea (1820-2012)
Edição: Câmara Municipal de Bragança
Investigação: CEPESE – Centro de Estudos da População, Economia e Sociedade
Coordenação: Fernando de Sousa

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