A estação dos CTT de Vila Flor encerrou. Os serviços foram transferidos para um supermercado que se situa numa saída da vila transmontana. A providência cautelar que o município de Vila Flor avançou para impedir o encerramento da estação não teve provimento pelo Tribunal Administrativo e Fiscal de Mirandela.
Fernando Barros, presidente da câmara de Vila Flor discorda desta decisão e admite recorrer.
“Eu não posso concordar enquanto autarca do interior que estas coisas aconteçam, fruto de uma privatização que não acautelou este tipo de serviço universal. E neste caso em Vila Flor, numa estação que funcionava muito bem, equilibrada e que não tinha uma quebra de atendimento e serviços. Eu não posso concordar com isso, porque não estamos a defender as pessoas do interior, sobretudo as pessoas mais idosas que vão se deslocar e bastante. O local para onde os serviços foram transferidos não é o mais aconselhável”, sustentou Fernando Barros.
Um dos comerciantes vila-florense, José Peres considera que o facto de o serviço não se situar no centro vai afectar o comércio, mas sobretudo a população mais idosa das aldeias que usam o serviço dos CTT para levantar as reformas.
“A falta dos CTT vai afectar bastante a população, não só aos comerciantes mas sobretudo as pessoas mais idosas”, contou José Peres.
Outro comerciante, António Campos partilha esta posição e destaca que se trata de um golpe rude.
“Muitas pessoas de idade têm que pagar táxi ou ir a pé e percorrer uma distância muito grande”, disse António Campos.
As primeiras notícias do possível encerramento da estação de CTT de Vila Flor vieram a público em Setembro. Um mês depois a câmara da vila transmontana avançou com uma providência cautelar para impedir o fecho da estação, que foi apoiada pelos restantes municípios da Comunidade Intermunicipal Terras de Trás-os-Montes. O presidente da câmara de Vila Flor aguarda que o processo se reverta, até porque em reunião com o presidente da ANACOM, foi assegurado que ia haver uma recomendação à empresa CTT que garanta, no mínimo, a existência de uma estação dos CTT em cada sede de concelho no distrito brigantino.
Escrito por Brigantia
Jornalista: Maria João Canadas
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