sexta-feira, 28 de dezembro de 2018

Reclusos causam distúrbios na Prisão de Izeda por falta de tabaco

Os reclusos do Estabelecimento Prisional de Izeda, concelho de Bragança, causaram distúrbios depois do almoço.
Segundo o presidente do sindicato nacional do corpo da guarda prisional, Jorge Alves, os reclusos recusaram-se a regressar às celas após a refeição e incendiaram caixotes do lixo. “Durante o almoço, os reclusos ameaçaram que não se iam deixar fechar nas celas, e no primeiro pavilhão da ala B acabaram por pegar fogo a alguns caixotes do lixo, no entanto, o encerramento aconteceu normalmente às 12h45. Os guardas tiveram de levar os reclusos um a um para as suas alas”, relatou.

A situação está agora controlada, mas estão a ser chamados os guardas prisionais de folga para reforçar a segurança.  “A direcção do EP contactou todos os guardas de folga e de férias para irem para o estabelecimento prisional porque os reclusos ameaçaram de tarde que não se iam deixar fechar agora ao final do dia”, destacou.

Os incidentes ocorrem numa altura que os guardas prisionais estão em greve para exigir a revisão do estatuto, actualização da tabela remuneratória, criação de novas categorias, um novo subsídio de turno, alteração dos horários de trabalho e novas admissões.

No entanto Jorge Alves afirma que a falta de tabaco pode ter sido a causa dos distúrbios. “A greve é aproveitada para justificar para justificar tudo e mais alguma coisa. Agora queixam-se e que não têm tabaco”, explicou.

Contactada a Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais, garantiu à Brigantia que “os reclusos regressaram às celas, após o almoço, sem recurso à força ou à utilização de meios coercivos” e  “desmente, em absoluto, que se tenham verificado quaisquer incidentes no Estabelecimento Prisional de Izeda”

“A única ocorrência anómala, verificada até ao presente momento no Estabelecimento Prisional de Izeda foi a de alguns papéis que foram queimados dentro de um caixote do lixo, situação imediatamente sanada”, assegura em esclarecimento enviado por email. 

Escrito por Brigantia
Jornalista: Olga Telo Cordeiro

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