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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

Parte da oposição renuncia ao mandato na maior freguesia de Bragança

Os eleitos pelo movimento "Força da União" divulgaram hoje que renunciaram ao mandato na União de Freguesias da Sé, Santa Maria e Meixedo, a maior do distrito de Bragança envolta em polémica desde as eleições autárquicas.

O cabeça de lista do movimento é José Pires, anterior presidente eleito pelo PSD, partido que escolheu Telmo Afonso nas autárquicas de 2017, que saiu vencedor, mas sem maioria, conseguindo oito eleitos social-democratas, a "Força da União" sete e o PS quatro.

Os socialistas acabaram por viabilizar a formação do executivo depois de meses de impasse e polémica, que volta a repetir-se com a votação do Plano e Orçamento para 2019, com seis dos sete eleitos do movimento independente a renunciarem ao mandato apresentando como "motivação" um alegado "plágio".

Em declarações à Lusa, o líder da "Força da União", José Pires, argumentou que "além de não ouvir a oposição", o presidente Telmo Afonso apresentou para votação um plano "copiado palavra por palavra" da freguesia de São Sebastião, em Setúbal.

"É um desrespeito por todas as pessoas, pela democracia, pelo poder local, que não dignifica o cargo que ocupa", afirmou José Pires.

Os contestatários alegam que o documento é uma "ridícula manta de retalhos, de mapas e informação", que não cumpre também "o estatuto do direito de oposição".

José Pires adiantou que "todos os eleitos, incluindo suplentes", do movimento renunciaram ao mandato com efeitos imediatos a partir de quarta-feira, à exceção de um.

Esta decisão implica que em vez de 19, restem 13 eleitos na assembleia de freguesia, o que para o presidente, Telmo Afonso, significa que o órgão "tem membros suficientes para funcionar", afastando o cenário de eleições antecipadas.

Telmo Afonso responde às críticas dos demissionários, nomeadamente em relação ao alegado plágio, alegando que os planos "são documentos realizados por técnicos e aos executivos cabe a opção política".

"Os modelos de contabilidade são idênticos para todo o lado. É provável que existam frases e enquadramento teórico que sejam iguais", afirmou, apontando a diferença que salta à vista: o plano da freguesia de Bragança tem um orçamento de 554 mil euros e o da de Setúbal de 1,8 milhões de euros.

O presidente considerou que os eleitores do movimento "devem sentir-se profundamente enganados porque não foi capaz de respeitar o voto e criar condições de governação da freguesia".

A União de Freguesias da Sé, Santa Maria e Meixedo é a maior do distrito de Bragança, com mais de 20 mil eleitores, superior à maioria dos municípios da região.

Depois das eleições autárquicas, o novo presidente, Telmo Afonso, anunciou que iria pedir uma auditoria às contas do antecessor, José Pires.

Telmo Afonso disse à Lusa que foi pedida à Inspeção Geral das Finanças, que respondeu não ter disponibilidade para a fazer, remetendo para a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDRN).

Segundo ainda o presidente, a CCDRN alegou não ter competência nesta matéria e recomendou que as questões levantadas para justificar a auditoria fossem remetidas ao Ministério Público, onde se encontra o processo, ainda sem decisão.

Agência Lusa

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