O Instituto Politécnico de Bragança não teve o sucesso pretendido, este ano, na adesão aos chamados CTESP´s, os cursos técnicos superiores profissionais. Na região transmontana, apenas funcionam nas cidades de Bragança, Mirandela e Chaves, e na vila de Carrazeda de Ansiães.
O presidente do Instituto Politécnico Orlando Rodrigues, salienta que as pessoas ainda não perceberam bem a potencialidade destes cursos. "Ofereceram-se estes cursos em vários locais da região e, infelizmente, na maioria deles não conseguimos pô-los a funcionar por falta de candidatos mas em Carrazeda tivemos muitos. Não temos uma explicação para isso, não houve candidatos interessados porque, provavelmente, escolheram outras opções ou ainda não perceberam a importância destas formações, como funcionam, para que servem, quais são as suas virtualidades. Acho que se as pessoas tivessem entendido as grandes vantagens de optarem por uma formação deste tipo a adesão teria sido maior".
Declarações de Orlando Rodrigues à margem da abertura oficial do curso Técnico Superior Profissional de Gerontologia, em Carrazeda de Ansiães, que se soma ao de Instalações Eléctricas e Energias Renováveis iniciado o ano passado. Ambos resultam de parcerias entre a Câmara de Carrazeda e o politécnico de Bragança. O autarca, João Gonçalves, realça o sucesso da implementação destes cursos na antiga Escola Profissional de Ansiães. "É um incremento no número de alunos, vai ser ministrado o segundo ano do curso que já estava a decorrer, de Instalações Eléctricas e Energias Renováveis, e agora temos a abertura de um novo curso, de Gerontologia, com uma estimativa de alunos na ordem das três dezenas, o que é já, na nossa dimensão, assinalável. Há alunos que são trabalhadores-estudantes e alguns deles até já trabalham nestas áreas, nomeadamente em Gerontologia. Há aqui alunos que trabalham nas IPSS do concelho e até de fora dele".
Alexandra Morais e Margarida Ribeiro, duas alunas de Vila Flor, estão matriculadas no curso Técnico Superior Profissional de Gerontologia. Ambas consideram que vai contribuir para terem sucesso profissional. "Tirei o curso técnico de auxiliar de saúde e então decidi continuar em gerontologia. Estagiei com idosos e decidi continuar porque gostei", disse Alexandra Morais. "Achei que era um curso de interesse para a nossa área. Como já tinha o curso de técnico de auxiliar de saúde achei que era uma boa opção. Acho que vai ter muita saída", referiu Margarida Ribeiro.
O CTESP de Gerontologia em Carrazeda tem como objectivo ser uma das respostas para a necessidade de qualificar colaboradores para as Instituições Particulares de Solidariedade Social do concelho e da região.
Escrito por Rádio Ansiães (CIR)
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