O projecto é voltado para o conhecimento dos vários tipos de cogumelos e para a formação e investigação das espécies existentes, sendo que também tem como missão potenciar a produção e a utilização. Quanto à vertente de produção serão testadas as condições para o desenvolvimento da micologia, mas com enfoque nas trufas, que abundam em alguns lugares do concelho. Um fungo de grande importância como frisa o presidente da câmara, Artur Nunes.
“Temos dois alocais referenciados onde existem naturalmente num estado selvagem. Potenciar este produto que é diferenciador relativamente ao território. Temos ainda a possibilidade de desenvolver, cada vez mais, este produto, envolver as pessoas, para que neste recurso tenham cautelas na sua apanha, na sua comercialização e também na sua degustação”, explicou o autarca, Artur Nunes.
Segundo Artur Nunes, tem havido cada vez mais gente a dedicar-se à apanha de cogumelos silvestres comestíveis pois a sua comercialização acaba por ser bastante rentável. Assim, o presidente defende que a regulamentação da apanha é essencial.
“O valor acrescentado está a ir, praticamente, todo para Espanha, uma vez que não há normas e aquilo que tem acontecido é que nós apanhamos em todo território, juntamos e depois os espanhóis vêm buscar os cogumelos a Portugal, por isso eu acho que isto tem que ser regulamentado”, acrescentou.
Foi ainda apresentado o livro "Cogumelos Silvestres da Terra de Miranda - guia de campo" que dá a conhecer os recursos micológicos existentes na região e que conta com o apoio científico da Associação "A Xixorra" - Associação Micológica da Terra Fria Transmontana e da Universidade de Valladolid, em Espanha.
“Há milhões de pessoas que se curam com os cogumelos. Cada vez há mais medicamentos com base nas propriedades medicinais dos cogumelos”, disse, Juan Antonio Sanchez, da Universidade de Valladolid e também micólogo.
O ecocentro foi inaugurado durante as VI Jornadas Micológicas do concelho de Miranda do Douro, que decorreram ao longo do fim-de-semana. A estrutura está localizada no Parque Fluvial do Rio Fresno e integra uma sala interpretativa, outra de formação e showcooking, laboratório, gabinetes técnicos e um centro de produção, onde se desenvolverão actividades educacionais e de investigação.
Escrito por Brigantia
Jornalista: Carina Alves
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