terça-feira, 24 de março de 2020

Covid-19 | Regressar a Linhares de Ansiães para descansar e estar mais longe do vírus

O regresso à aldeia natal no interior do país tem sido opção para muitos os que nas cidades do litoral foram forçados a férias, devido ao encerramento temporário das empresas em que trabalham.
Paulo Santos, Maria do Céu Seixas e Cármen Castro, em Linhares | Foto: Eduardo Pinto
Ao mesmo tempo, admitem que ficam mais longe dos principais focos de contágio pelo novo coronavírus. Nada os impede de regressar, desde que evitem comportamentos que ajudem a propagar a Covid-19.

Paulo Santos, de 45 anos, está, por estes dias, em Linhares, no concelho de Carrazeda. A confeitaria, em Valongo, onde trabalha há 18 anos, começou, na semana passada, a ressentir-se da crise provocada pelo novo coronavírus e o patrão propôs que seria melhor que alguns dos 21 empregados tirassem férias agora:

Quem fala da fartura de álcool em casa para desinfetar as mãos é a mãe de Paulo, Cármen Castro, 73 anos. Diz que tem havido cuidados para evitar qualquer contágio, até porque, para além do filho Paulo, também tem em casa o filho Vítor, de 48 anos, que trabalha, há 25, num restaurante na Areosa, no Porto, obrigado a encerrar, e por isso também regressou à terra:

A prima de Cármen, Maria do Céu Seixas, de 58 anos, sofre de asma, mas vive bem com a chegada de Paulo e Vítor. Diz-se mais preocupada com a ida a Lisboa para uma consulta:

Menos descansados andam os autarcas do concelho, exemplo do que acontece em todo o interior, com apelos constantes ao distanciamento dos filhos da terra que vivam em zonas de maior risco de contágio. 

Um carro da Câmara de Carrazeda tem andado a circular pelas várias aldeias, com um altifalante, a informar a população, e, particularmente, quem chega de fora, para a necessidade de se manterem em casa e tomarem medidas para se protegerem a eles e aos outros.

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