Paulo Santos, Maria do Céu Seixas e Cármen Castro, em Linhares | Foto: Eduardo Pinto |
Paulo Santos, de 45 anos, está, por estes dias, em Linhares, no concelho de Carrazeda. A confeitaria, em Valongo, onde trabalha há 18 anos, começou, na semana passada, a ressentir-se da crise provocada pelo novo coronavírus e o patrão propôs que seria melhor que alguns dos 21 empregados tirassem férias agora:
Quem fala da fartura de álcool em casa para desinfetar as mãos é a mãe de Paulo, Cármen Castro, 73 anos. Diz que tem havido cuidados para evitar qualquer contágio, até porque, para além do filho Paulo, também tem em casa o filho Vítor, de 48 anos, que trabalha, há 25, num restaurante na Areosa, no Porto, obrigado a encerrar, e por isso também regressou à terra:
A prima de Cármen, Maria do Céu Seixas, de 58 anos, sofre de asma, mas vive bem com a chegada de Paulo e Vítor. Diz-se mais preocupada com a ida a Lisboa para uma consulta:
Menos descansados andam os autarcas do concelho, exemplo do que acontece em todo o interior, com apelos constantes ao distanciamento dos filhos da terra que vivam em zonas de maior risco de contágio.
Um carro da Câmara de Carrazeda tem andado a circular pelas várias aldeias, com um altifalante, a informar a população, e, particularmente, quem chega de fora, para a necessidade de se manterem em casa e tomarem medidas para se protegerem a eles e aos outros.
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