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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

sábado, 28 de março de 2020

FÓSSIL COM 66 MILHÕES DE ANOS PERMITE SABER MAIS SOBRE ORIGEM DAS AVES

Uma equipa internacional de investigadores descobriu, na zona entre a Bélgica e a Holanda, fósseis de um animal já extinto, que pode representar a ave “moderna” mais antiga conhecida para a Ciência.

O fóssil mais antigo de uma ave moderna encontrado até ao momento foi identificado por uma equipa internacional de paleontólogos. Essa ave, já extinta, – a Asteriornis maastrichtensis – viveu no tempo dos dinossauros.

Reconstrução do ilustrador da ave
Asteriornis maastrichtensis,
no seu ambiente natural. Ilustração: Phillip Krzeminski
Os investigadores acreditam que esta ave teria como habitat zonas costeiras, num tempo em que o ambiente costeiro desta parte da Europa se assemelharia ao das ilhas tropicais.

O fóssil foi descoberto numa jazida perto da fronteira entre a Bélgica e a Holanda, fazendo desta a primeira ave moderna do tempo dos dinossauros a ser encontrada no Hemisfério Norte.

“O registo fóssil de aves da Europa do período Cretáceo é extremamente raro”, disse o co-autor John Jagt, do Museu de História Natural de Maastricht, Holanda. “A descoberta de Asteriornis dá-nos algumas das primeiras provas de que a Europa era uma área crucial no início da história evolutiva das aves modernas.”


Afectuosamente chamado “Galinha maravilha”, este fóssil inclui um crânio quase completo e terá cerca de 66 milhões de anos, ou seja, cerca de um milhão de anos antes do asteroide que embateu na Terra e que dizimou os grandes dinossauros. A descoberta, coordenada pela Universidade de Cambridge, foi publicada agora num artigo da revista Nature.
Imagem a três dimensões do crânio do Asteriornis maastrichtensis. Imagem: Daniel Field
Fósseis de aves desta época da história da Terra são muito raros. “O momento em que vi o que estava por debaixo da rocha foi o momento mais entusiasmante da minha carreira científica”, disse, em comunicado, Daniel Field, do Departamento das Ciências da Terra da Universidade de Cambridge, e o coordenador da investigação.

“Este é um dos fósseis mais bem preservados de crânios de aves de qualquer período, em qualquer lugar do mundo. Quase tivemos de nos beliscar quando o vimos.”

Os paleontólogos acreditam que a descoberta permite melhorar o nosso conhecimento sobre as aves modernas e pode ajudar a explicar por que razão estes animais sobreviveram à extinção em massa, ao contrário do que aconteceu aos grandes dinossauros.

Uma análise detalhada revelou que aquela ave partilha algumas características com os patos e as galinhas dos nossos dias. Segundo os investigadores, a “Galinha maravilha” será o mais próximo do último antecessor comum das galinhas e dos patos dos nossos dias, um grupo chamado Galloanserae.

“As origens da diversidade das aves vivas estão envolvidas em mistério”, comentou o co-autor do artigo científico Albert Chen, da Universidade de Cambridge. “Além de sabermos que as aves modernas surgiram algures no final do tempo dos dinossauros, temos poucas provas fósseis delas até depois de o asteróide ter atingido o planeta.”

Na sua opinião, “este fóssil dá-nos a visão mais antiga de como eram as aves modernas nas fases iniciais da sua história evolutiva”.


Segundo Daniel Field, estas aves seriam relativamente pequenas, teriam hábitos de vida mais ao nível do solo, conseguiam voar e viviam perto da costa.

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