A ideia partiu de Micael Santos, um dos proprietários de uma empresa de publicidade e artes gráficas da cidade. Contudo, mais instituições se aliaram na oferta de folhas de acetato, elásticos e mão-de-obra.
Micael conta que depois de ter ouvido diversos apelos, decidiu arriscar:
“Recebemos muitos pedidos de profissionais de saúde aqui do nosso hospital. Tentámos, em conjunto, criar as viseiras. Foi a primeira vez que fiz algo do género. Tenho um colega no Porto que já estava a produzi-las numa máquina 3D. Pedi-lhe o ficheiro para eu tentar fazer também. Fizemos algumas alterações e conseguimos chegar aqui.
Nesta altura vale a união e todos têm gritado presente, é assim que nos protegemos uns aos outros.”
E os pedidos continuam a aparecer:
“Temos tido alguns pedidos mas eu também não posso oferecer a toda a gente. Tenho a empresa semi-parada e se tenho ainda mais despesas, fica difícil. No entanto, ainda vamos ceder algumas a Vila Flor e Rebordelo. Temos tido alguns lares de idosos que nos têm procurado mas ainda não sei o preço de custo, não fiz contas. De qualquer forma, vamos tentar ajudar toda a gente.”
Mas as ideias não ficam por aqui. A empresa de Micael começou a vender t-shirts com o arco-íris estampado e a mensagem “Vamos todos ficar bem”. Explica que metade do valor vai servir para ajudar a comprar material de proteção para os profissionais de saúde do distrito de Bragança:
“Sabemos que há alguma falta de material e, como em todas as áreas, hoje em dia ter dinheiro para fazer compra imediata é a forma mais fácil. Juntei-me a um amigo, que me cedeu a ilustração da filha, decidimos pensar numa maneira de arranjar dinheiro no imediato. Assim será mais fácil chegar ao fornecedor, pagar, e trazer o material.”
Este é apenas um exemplo das várias pessoas e empresas, em Macedo de Cavaleiros, que têm tentado ajudar aqueles que estão na linha da frente.
Escrito por ONDA LIVRE
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