terça-feira, 24 de março de 2020

IPSS do distrito mantêm apoio domiciliário mas com medidas de higiene reforçadas

O novo coronavírus quase parou o mundo. Por cá, fecharam-se escolas, lojas, cafés, discotecas, espaços culturais e desportivos, as pessoas não saem de casa, os carros quase não circulam e as fábricas também estão, quase todas, à espera de melhores dias.
Ainda assim, segundo João Henriques, provedor da Santa Casa da Misericórdia de Mogadouro, a vida não pode parar. Por todo o concelho, a instituição tem 120 utentes em apoio domiciliário mas já só tem feito a entrega de refeições uma vez por dia, por causa da falta de apoios e agora devido ao vírus. Ainda assim, não é por causa da pandemia que os idosos ficam sem comer.

“São pessoas que não conseguem viver sem este nosso apoio e trabalho. Continuamos a fazer o que fazíamos, a levar o essencial a casa das pessoas e a higiene pessoal. Estamos a pensar baixar a intensidade da higiene habitacional”, explicou.

O provedor assegura que, em termos de visitas, os utentes institucionalizados têm reagido bem às imposições que a pandemia trouxe e que, neste momento, apenas o preocupa a falta de material de segurança para trabalhar.

“Uma caixa de máscaras cirúrgicas custavam 1,3€ e traziam 50. Ainda anteontem pediram-me 2,6€ + IVA por cada máscara”.

Para o Centro Social e Paroquial de Izeda a vida também teve de continuar em prol dos utentes. Por aqui há 40 institucionalizados e há 24 em apoio domiciliário, uma valência em que o número de utentes cresceu porque houve seis que vieram a precisar desta ajuda, já que o centro de dia fechou.

“Temos que salvaguardar os nossos utentes, mas também os nossos colaboradores. Colocamos apenas uma pessoa afecta ao apoio domiciliário, para que não contacte com os utentes da estrutura residencial”, afirmou Marisa Lopes, directora da instituição.

A directora assegura que tem corrido tudo da melhor forma graças ao profissionalismo da equipa que a acompanha e que os utentes têm sido também uma grande ajuda para que tudo pareça o mais normal possível.

Em tempos de pandemia, a vida não pode parar. Assim, centenas de idosos institucionalizados por toda a região têm estado mais perto da família através das novas tecnologias. Já os que ainda vivem em suas casas, continuam a receber, todos os dias, a visita de funcionários de instituições que lhes asseguram o comer.

Escrito por Brigantia
Jornalista: Carina Alves

Sem comentários:

Enviar um comentário