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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

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COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

domingo, 29 de março de 2020

Hospital de Bragança sem meios para tratar doentes com Covid-19

Espaço está a receber doentes infetados que facilmente se cruzam com outros que aguardam confirmação.
Hospital de Bragança sem meios para tratar doentes com Covid-19© Rui Manuel Ferreira/Global Imagens
Sem meios de tratamento, sem condições físicas adequadas e sem a mínima segurança para os profissionais de saúde. É desta forma que um grupo de médicos denuncia a área de internamento definida para os doentes Covid, no Hospital de Bragança.

Aberto há duas semanas, com capacidade para 23 camas e apenas duas casas de banho, o espaço está a receber doentes infetados que facilmente se cruzam com outros que aguardam confirmação.

É o piso 0 do edifício satélite do hospital de Bragança. As 23 camas distribuem-se por 5 quartos individuais, 3 enfermarias com 4 camas cada e uma outra com 6. Nenhuma tem pressão negativa.

Na participação enviada à direção do hospital, na quinta-feira passada, os médicos salientam a "elevada carga vírica e consequente risco de contágio do local, onde não foram definidas nem delimitadas áreas contaminadas entre doentes, profissionais e não doentes".

Acrescentando que não foram também estabelecidos "entradas independentes para as mesmas e que não foi assegurado equipamento de proteção individual adequado e suficiente para médicos, enfermeiros e auxiliares". Nestas circunstâncias, dizem, deveria ter sido dada prioridade "à segurança de todos mas, passadas mais de duas semanas, nada aconteceu".

O documento, que para lá de ir dirigido ao presidente do conselho de administração da ULS foi também para a diretora clínica e para o diretor de enfermagem, ressalva que os quartos não "têm ventilação nem extração de ar que permita, em segurança, ventilação não invasiva, oxigénio de alto fluxo, e muito menos entubação de doentes".

A participação termina dizendo que "face às circunstâncias existentes atualmente, geradas pela ausência de equipamentos e condições de segurança, os doentes vão morrer por falta de assistência, sem que nada se possa fazer, nem sequer evitar um contágio geral".

A TSF sabe que os profissionais de saúde alocados àquele serviço já tiveram que fazer testes e 4 enfermeiras estão infetadas com o vírus.

Os médicos esperam uma segunda análise.

Por vários meios a TSF tentou chegar à fala com o presidente da ULS do Nordeste mas não obteve nenhuma resposta. Para lá deste documento enviado â direção do hospital de Bragança, um outro já havia sido remetido ao presidente da República, ao primeiro-ministro, à ministra da Saúde, à DGS, e ao sindicato dos médicos, dando conta das mesmas preocupações.
Afonso de Sousa

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