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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

terça-feira, 24 de março de 2020

Sindicato do Comércio acusa quatro misericórdias do Norte de “irregularidades”

O Sindicato dos Trabalhadores do Comércio denunciou hoje "irregularidades" praticadas nas Misericórdias de Freixo de Espada à Cinta, Mirandela e Chaves, em Trás-os-Montes, e também na da Póvoa de Varzim, no distrito do Porto.
As denúncias partiram da coordenadora do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP), Marisa Ribeiro, que, numa conferência de imprensa hoje no Porto, e destacando como maior preocupação do sindicato o “setor social”, disse existirem “misericórdias que não fizeram planos de contingência em relação ao uso de material de segurança individual, como luvas ou de álcool e onde os colaboradores trabalham 12 horas seguidas".

E especificou: "temos o caso da Santa Casa de Freixo de Espada à Cinta, em que as funcionárias trabalham 12 horas seguidas, com duas pausas de meia hora. Na Santa Casa de Mirandela os funcionários trabalham sete dias consecutivos e ficam a dormir no chão do ginásio e na área social de Vidago da Santa Casa de Chaves, os trabalhadores estão oito dias consecutivos a trabalhar sem folgas".

Marisa Ribeiro referiu ainda a Santa Casa da Póvoa de Varzim onde disse que “o álcool é racionado para as funcionárias e onde há máscaras feitas a partir de batas".

Contactado pela Lusa, o provedor da Santa Casa da Misericórdia de Mirandela, Adérito Gomes, disse haver “funcionárias a fazer turnos não de sete, mas de 15 dias seguidos, de forma livre e voluntária, para acautelar a vida dos cerca de 90 idosos no lar onde o novo regime de trabalho está em vigor”.

O responsável disse ainda que as funcionárias “não estão a dormir num pavilhão, nem no chão, mas em camaratas dentro do lar para não saírem e correrem o risco de ser contaminadas e contaminarem os idosos” e que tal “foi-lhes pedido, não foi imposto”.

Da Santa Casa da Misericórdia de Chaves, o provedor Jorge Pinto de Almeida explicou que no Lar de Vidago "há mais de 10 dias" que foram implementadas "algumas regras e alguns cuidados".

"Fizemos um plano de contingência em cada equipamento. Como sabíamos que íamos entrar neste período, garantido o funcionamento e segurança, cada diretora técnica teve a sua liberdade com os trabalhadores de escolher o melhor para cada equipamento. Ninguém impôs nada. Os dias que trabalham, descansam imediatamente a seguir os mesmos dias", assinalou.

Apesar de várias tentativas não foi possível ouvir, até ao momento, nenhum dos responsáveis da Santa Casa da Misericórdia de Freixo de Espada à Cinta.

A Lusa tentou ouvir as Misericórdias da Póvoa de Varzim e Freixo de Espada à Cinta, mas tal não foi possível até ao momento.

Ainda na conferência de hoje, o sindicato deu conta de "centenas de queixas tanto dos super e hipermercados" recebidas diariamente desde o início da crise e indicou terem apresentado reclamações na Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) por "haver lojas, nomeadamente do Pingo Doce, Dia Portugal e Clarel, em que os trabalhadores continuam a trabalhar sem proteção".

Para além da "falta de álcool e luvas para os colaboradores" nesses "locais de trabalho", a coordenadora do CESP acusa ainda as empresas de "praticarem um roubo".

"A circunstância em que vivemos não lhes dá o direito [às empresas] de retirar os direitos aos trabalhadores, de os porem a trabalhar muito mais horas do que a sua carga horária, havendo neste momento trabalhadores a fazer nove ou dez horas de trabalho contínuo e, muitas vezes, sem folgar ao fim dos cinco dias", anotou.

Enumerando situações de "exaustão e de pânico" desses trabalhadores, o sindicato exige ao Governo que "clarifique a situação das remunerações para quem foi para casa" e recusa que os patrões "queiram transformar casos de quarentena em férias ou baixa compulsiva".

À Lusa, o Departamento de Relações Exteriores da DIA Portugal, grupo onde se insere também a Clarel, expressou serem diariamente “confrontados com a escassez de materiais de proteção” e que têm “feito todos os esforços para encontrar soluções de fornecimento” por forma a que os “colaboradores tenham todos os riscos minimizados”.

Lê-se ainda na comunicação que “a DIA Portugal reitera que respeita toda a lei laboral vigente em Portugal e que estará sempre disponível para dialogar com as associações representativas dos seus colaboradores”.

A Lusa tentou ouvir o Grupo Jerónimo Martins, responsável pelo Pingo Doce, mas, até ao momento, tal não foi possível. 

Em Portugal, há 23 mortes e 2.060 infeções confirmadas, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral de Saúde.

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