(colaborador do "Memórias...e outras coisas...")
Tenho o costume de escutar, diariamente, a TV Globo. Gosto de estar atualizado. Embora português, estou ligado, a esse País, pelo coração, onde casei na Bela Vista – já lá vão muitas décadas, – na cidade de São Paulo.
Quase todos os dias assisto aos noticiários da Globo, mormente, o: “ Bom Dia Brasil”, transmitido no horário, que melhor me convém.
Ouço os pareceres do simpático “ Chico”, que aprecio, e os comentários oportunos da Ana, e colaboradores, para que o noticiário, seja informativo, sem ser maçador.
Em nações, como no reino de Espanha, ao comprar uma publicação, facilmente se descobre as tendências e religiosas, do jornal. Alguns mantêm junto ao cabeçalho, a ideologia seguida; mas noutros países, as tendências são camufladas, tendo articulistas de diferentes ideologias.
Desconheço, para julgar com retidão, se no “ Bom Dia Brasil”, as noticias são “cozinhadas”, e apresentadas de forma a agradar, a “ este” ou “àquele”. Penso que não. Desgosta-me, porém, verificar que, para eles, Portugal quase não existe.
Falam da Europa, da Ásia, da América, mencionam países…mas de Portugal? …
Eu sei: há muitos brasileiros que caçoavam dos portugueses. Alguns chegam ou chegavam a zombar os meus compatriotas, que eram amesquinhados, no local de trabalho e na mass-media.
Escrevi “ chegavam” e “eram”, porque descobriram que Portugal servia de trampolim para a Europa. Os que troçavam outrora dos que vinham “ nos tamancos aéreos portugueses”, apressaram-se, agora, afadigadamente, a buscar antepassado, que lhes permita adquirir a cidadania europeia
Voltando à Globo. Gostaria de saber porque tratam assim o pobre Portugal, que recebe de braços abertos, tantos trabalhadores, empresários e artistas brasileiros, receosos da violência?
Será que descobriram o nosso país, como os portugueses encontraram, no século XIX e mesmo XX, a árvore das patacas?
Partiam ainda em criança…Acreditando em Silva Pinto, autor do livro: “No Brasil”, tão mal eram recebidos! … e tão mal eram tratados”…
Conheço o bom povo brasileiro, aquele que é temente a Deus e guarda os nobres valores de seus avós. Esse, merece meu respeito e admiração. E ainda é, felizmente, a maioria.
Este desabafo não é dirigido a eles, mas sim, àqueles que “confundem” amizade com cifrões…e depois de servidos,” mordem” nos que lhes deram o pão…
Humberto Pinho da Silva nasceu em Vila Nova de Gaia, Portugal, a 13 de Novembro de 1944. Frequentou o liceu Alexandre Herculano e o ICP (actual, Instituto Superior de Contabilidade e Administração). Em 1964 publicou, no semanário diocesano de Bragança, o primeiro conto, apadrinhado pelo Prof. Doutor Videira Pires. Tem colaboração espalhada pela imprensa portuguesa, brasileira, alemã, argentina, canadiana e USA. Foi redactor do jornal: “NG”. e é o coordenador do Blogue luso-brasileiro "PAZ".
BOA TARDE BRASIL
ResponderEliminarÉ verdade tudo que você falou, Humberto; infelizmente!
Vou te contar uma coisa:eu sabia,porque aprendi por mim próprio, que são oito países que falam o idioma Português:
Portugal, Brasil, Angola, Moçambique,São Tomé e Príncipe, Guiné-Bissau,Cabo Verde e Timor Leste. E sabia de Macau e de Goa.
Somente depois que passei a me dedicar à literatura (ano 2000) e, portanto, pesquisar muito mais,fiquei sabendo que havia uma
cidade africana chamada Praia; constantemente mencionada por um colega, cabo-verdiano, de um blog de literatura.
Eu imaginava que ele estava em constantes férias; que gostava de passear na praia! Pobre ignorância a minha!!!!!!!!!!!!!!)
E por que isso aconteceu comigo?
Porque eu JAMAIS ouvi sequer uma notícia sobre Cabo Verde! Só sabia que ficava na África e que falavam Português!
Eu ignorava a cultura de Cabo Verde e a existência da cidade de Praia,capital do arquipélago.
Nenhum jornal, revista, rádio ou TV do Brasil, nunca mencionaram a cidade de Praia. Desde o ano 2000 eu trago essa vergonha de não
saber de antemão, mais detalhes de Cabo Verde e da cidade de Praia. O colega acima mencionado, poeta João Furtado, e a cantora
Cesária Évora (da música Sôdade), foram as primeiras coisas que conheci; e adorei conhecer de Cabo Verde.
Portanto, aceite as desculpas desse brasuca que tanto ama os portugueses, povo do qual também descendo, pois sou bisneto e neto ,
pelo lado materno, de portugueses. Sentimentos e ressentimentos entre povos colonizados e colonizadores sempre existiram e podem
ser deixados lá no passado. Peço desculpas pela indolência e imaturidade de alguns brasileiros que fazem caçoada do nobre povo ibérico.
Nesses dias de isolamento social,devemos dar valor aos sentimentos mais puros.A amizade entre lusos e brasileiros transcende centenárias questiúnculas; cuja origem sequer temos noção. Portugal demorou 308 anos para dar o real valor ao Brasil; podemos nos entender agora!
Eu peço desculpas pela mídia brasileira não dar mais notícias de Portugal, assim como dos oito países lusófonos acima mencionados,
razão da minha ignorância sobre os países lusófonos, todos eles,não só Portugal, mui raramente citados pela mídia de Pindorama.
Boa tarde Humberto!
Antônio Carlos Affonso dos Santos - ACAS
Sou casado desde 1975, com ma paulistana, que pertence a família tradicional. Ela nunca ouviu no colegial e ginásio, falar de Portugal.Quando algum professor se referia ao nosso pais, abordava num tom jocoso, e dizia que Portugal tinha roubado o ouro do Brasil. Quando estive no Brasil, a maioria das pessoas contavam anedotas sobre o português.Só depois de Portugal ter entrar no euro, é que mudaram de opinião. Claro, nos clubes e associações portuguesas, diziam-se bem de Portugal.Cheguei a escrever um artigo, que publiquei neste site, sobre um transmontano analfabeto, que era ridicularizado no Brasil. Este texto, publicado na minha coluna, de jornal de São Paulo, foi transcritos em outros, igualmente, brasileiros, e teve grande divulgação. Alias os brasileiros mal conhecem a sua História, quanto mais a de Portugal, e muito menos a do Mundo.Só agora começam a interessar-se para saberem a verdade Há dois excelentes livros sobre a História brasileira, escritos por: Laurentino Gomes, da Globolivros
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