Acontecem no espaço do bar, onde foram colocadas quatro boxes, separadas entre si e em cada mesa há uma divisória em acrílico. O uso de máscara é obrigatório para visitantes e utentes.
Apesar das regras de segurança que impedem um contacto mais directo, encurtaram-se distâncias e a emoção marcou o dia de reencontro vários meses depois dos idosos com os familiares.
“Fiquei contente. A gente tem sempre saudades, principalmente nestes casos, porque já há bastante tempo que não estou com ela tão perto, como agora. Tenho falado com ela através do telemóvel, mas não é a mesma coisa”, disse um utente.
Os familiares também admitiram que já fazia falta rever presencialmente os utentes do lar.
“Falava semanalmente com ele por videochamada. O meu pai também tem alguns problemas de audição, não era muito fácil a comunicação, mas hoje foi um grande dia. Ainda estou um bocado emocionada. Foi um encontro diferente, eu gostava era de poder abraçá-lo, mas será possível em breve”, disse um familiar.
Por dia são feitas 16 visitas, com marcação. O provedor da Santa Casa de Bragança, Eleutério Alves, reconheceu a necessidade de se retomar as visitas, mas reforça que os cuidados são para manter.
“Os utentes, muitos deles, não percebiam porque estavam confinados, porque não podiam ir para a rua, porque não podiam receber a família e os amigos, porque é que não podiam almoçar na mesma mesa. Agora abrimos as visitas e se até aqui tínhamos muitas cautelas, a partir daqui vamos ter muita exigência”, explicou.
As visitas aos lares são permitidas desde a semana passada e nos lares da santa da casa da Misericórdia de Bragança foram retomadas ontem. Também na Unidade de Cuidados Continuados foi possível voltar a receber visitantes desde ontem.
Escrito por Brigantia
Jornalista: Olga Telo Cordeiro
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