sábado, 30 de maio de 2020

EVOLUÇÃO

Aqui, por detrás das fragas, escreviam os poetas e romancistas, quem sabia portanto, como era telúrico e apaixonante abrir as janelas pela madrugada e ouvir o canto dos pássaros, o correr das águas cristalinas nos riachos, o vento a trespassar a folhagem das árvores... Sim, mesmo dentro da nossa cidade.
Os tempos mudam e os paradigmas também... E com isso, a "inteligência" dos humanos.
Agora, que já se pode e deve arejar as casas, ao abrir as janelas já não se ouve o chilrear dos pássaros nem o silêncio, que nunca foi perturbador, da natureza... SÓ SE OUVE O LADRAR DE CÃES.
Ouve-se de dia, de noite, dentro e fora dos prédios em todo o lado.
A impunidade dos donos que não apanham as fezes dos lulus continua e de uma maneira desenvergonhada. Conspurcam os espaços públicos como se do quintal deles se tratasse.
Se o que se passa em Bragança, neste e noutros aspetos, não é uma amostra ténue e desenquadrada de Anarquia, não sei bem o que lhe chamar.
No entanto e se for essa a ideia, é preciso não esquecer que  na conceção de anarquia a sociedade passa a ser mais fraterna e igualitária, como resultado do esforço de cada cidadão. Consequentemente, não havendo esse esforço individual e que multiplicado se transforma em coletivo, quem governa terá que fazer aplicar as Leis, as Normas, os Regulamentos, as Coimas.
A Anarquia, não é para qualquer um! A Anarquia é a suprema forma de vida em sociedade, mas não é para já!
HM

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