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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

sábado, 23 de maio de 2020

PORTUGUESES PEDEM MAIS EFICÁCIA NO COMBATE AOS CRIMES CONTRA O AMBIENTE

Os portugueses consideram os crimes contra o ambiente muito importantes e querem mais eficácia no combate a esses delitos, o que poderá passar por sentenças mais pesadas.

Estes são os resultados de um estudo realizado no âmbito do projecto LIFE Nature Guardians e divulgados esta sexta-feira, no Dia Internacional da Biodiversidade.

“Num inquérito realizado a 700 portugueses, 80% dos inquiridos considera que o governo não dá importância suficiente às questões ambientais e quase 90% considera que os crimes contra o ambiente são tão ou mais importantes que outros tipos de delitos”, indica a Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA).

As pessoas inquiridas neste inquérito online, realizado pela MarkTest, avaliaram também como “insuficiente a eficácia das entidades que combatem os crimes contra o ambiente, bem como da própria legislação.”

“Para corresponder a esta preocupação dos portugueses, e reduzir significativamente os crimes contra o ambiente, precisamos de sentenças mais fortes, que tenham realmente um efeito dissuasor, para que os perpetradores não fiquem impunes, e estes crimes deixem de ser vistos como ‘lucrativos'”, sublinhou Joaquim Teodósio, coordenador do Departamento de Conservação Terrestre da SPEA, citado numa nota enviada à Wilder.

Coimas avultadas em Espanha
De acordo com dados analisados no âmbito do LIFE Nature Guardians, entre 1998 e 2017 foram registados em Portugal 1066 crimes contra a natureza. Numa avaliação realizada por investigadores da Universidade do Porto, constatou-se que de 52 casos analisados, apesar de 80% terem resultado em condenação, a maioria das multas aplicadas não ultrapassou os 900 euros.

Em contrapartida, em Espanha, a resolução destes casos assenta em grande parte na responsabilidade civil e no princípio do pagamento do dano causado, nota a SPEA. O resultado tem-se traduzido em “coimas avultadas”, como “no caso em que os responsáveis pela morte de seis águias-imperiais foram condenados a pagar 360 000 euros.”

Segundo o mesmo estudo, quando existem mais provas no processo é mais provável o infractor ser condenado, tal como receber uma pena mais pesada. “O peso das provas na sentença reforça a necessidade de mais meios no terreno e de maior formação e especialização das entidades envolvidas”, concluiu Joaquim Teodósio. “Só desta forma podemos reduzir estes crimes contra a Natureza, que são também contra nós próprios e o nosso bem comum.”

O projecto LIFE Nature Guardians, co-financiado por fundos europeus, tem como objectivo melhorar a eficácia do combate ao crime contra o ambiente em Portugal e Espanha. É coordenado pela Sociedad Española de Ornitologia (SEO/BirdLife) e tem como parceiros a SPEA, a Junta de Andalucia e o serviço de protecção da natureza da Guardia Civil.

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