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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

sábado, 23 de maio de 2020

ABELHÕES MORDISCAM AS PLANTAS PARA AUMENTAREM PRODUÇÃO DE FLORES

Foi na sua presidência que o Grupo Desportivo de Bragança subiu, pela primeira vez, à 2ª Divisão, após ter sido Campeão da 3ª Divisão na época 1978/1979Cientistas descobriram agora o que acontece quando as plantas têm pouco néctar para as necessidades dos abelhões, um desafio crescente devido às alterações climáticas.

Uma equipa liderada por Consuelo de Moraes e Mark Meschner, do Instituto Federal Suíço de Tecnologia (ETH Zurich), encontrou um “comportamento peculiar nos abelhões” que pode servir de resposta às alterações climáticas.

Com a chegada do calor a acontecer mais cedo do que era habitual, hoje em dia as plantas dão flor semanas antes do que seria de esperar. “Muitas plantas já estavam em plena floração em meados de Abril, entre três a quatro semanas mais cedo do que o normal”, explica uma nota divulgada pelo ETH Zurich.

Essa antecipação pode prejudicar as relações e a coordenação entre plantas e insectos polinizadores, que se alimentam de néctar e são vitais para a reprodução daquelas, temem os cientistas. Os polinizadores levam os grãos de pólen dos órgãos sexuais masculinos para os órgãos sexuais femininos das flores.

Trinta dias mais cedo
Os investigadores perceberam agora que os abelhões operários, que trabalham na recolha de néctar, usam partes da boca para mordiscar e furar as folhas de plantas que não estão a florir. O estudo foi publicado esta sexta-feira na revista científica Science.
Foto: Hannier Pulido / ETH Zurich
“O prejuízo resultante estimula a produção de novas flores que desabrocham mais cedo do que nas plantas que não tiveram esse ‘empurrão'”, explica a equipa.

De acordo com Mark Mescher, “trabalhos anteriores mostraram que diferentes tipos de stress podem levar as plantas a florir, mas o papel dos estragos infligidos por abelhões na aceleração da produção de flores foi inesperado.”

Os investigadores analisaram o comportamento destes insectos em estufas e ao ar livre, com diferentes plantas. Perceberam que as mordidelas em folhas aumentam quando há pouco ou nenhum pólen disponível e que os efeitos podem ser dramáticos nalgumas espécies.

No caso de tomateiros, por exemplo, a acção dos abelhões ao perfurarem as folhas fez com que essas plantas florissem 30 dias mais cedo do que as que não tinham sido sujeitas a esse tratamento. Na mostarda, a diferença foi de 14 dias.

Impossível de imitar
Os cientistas tentaram ainda imitar manualmente as mordeduras feitas pelos insectos, mas “o efeito não foi de todo tão forte como aquele causado pelos abelhões.” Mescher acredita que algum tipo de químico ou outro factor poderão estar envolvidos, algo que a equipa está agora a analisar.


Foram ainda observados abelhões de outras espécies a ter o mesmo comportamento, mas as abelhas-do-mel não fizeram o mesmo. Pelo contrário: “Pareceram ignorar completamente as plantas não floridas, apesar de visitarem frequentemente canteiros ali próximos com plantas em flor.”
Abelha. Foto: Suzanne D. Williams/Pixabay
A equipa acredita que outros insectos polinizadores poderão também ficar a ganhar com este comportamento dos abelhões. Ainda assim, está por saber se este mecanismo vai ser suficiente para responder aos desafios das alterações climáticas, avisam.

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