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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

domingo, 31 de maio de 2020

ESTAS 10 AVES ESTÃO ENTRE AS MAIS VISTAS (E OUVIDAS) NA PRIMAVERA

Pardal-doméstico, pombo-doméstico e andorinha-das-chaminés lideram o ‘top três’ das aves mais observadas no Censo de Aves Comuns (CAC), organizado pela Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA).

Este censo, que foi lançado em Portugal em 2004, realiza-se no Continente e nas Ilhas durante o período de Primavera. Baseia-se totalmente no trabalho de voluntários que realizam duas visitas, sempre no mesmo percurso, com um intervalo mínimo de quatro semanas.

Objectivos: analisar a situação e a tendência populacional de 64 espécies de aves comuns que se reproduzem no território português, avaliar o estado ambiental de ecossistemas, em especial do meio rural e das florestas, e contribuir para a informação ao nível europeu. Os resultados são também “importantes indicadores para informar políticas de ordenamento do território e conservação de natureza”, nota a SPEA.

Fique a saber quais foram as 10 espécies de aves mais observadas em Portugal Continental no âmbito do CAC, entre 2004 e 2019, e qual é a sua situação, de acordo com o último relatório sobre os resultados deste censo:

1. Pardal-comum (Passer domesticus)
O total de pardais-comuns registados ao longo dos últimos 16 anos somou 108.742 aves, “um valor muito superior ao registado para qualquer outra espécie”, indica o relatório sobre os resultados do CAC. Ainda assim, as populações desta espécie continuam a sofrer um “declínio moderado”, com uma “tendência demográfica negativa”. Esta situação já se sentia há um ano e também tem sido apontada em Espanha.
Foto: Karthik Easvur/Wiki Commons
2. Pombo-doméstico (Columba livia)
O pombo-doméstico – espécie que em habitats mais naturais e inacessíveis é conhecida por pombo-das-rochas – surge em segundo lugar. Subiu de posição no último ano, trocando com as andorinhas-das-chaminés. Somou entre 2004 e 2019 um total de 31.101 aves registadas no âmbito do CAC.
Foto: André Silva/Wiki Commons
3. Andorinha-das-chaminés (Hirundo rustica)
Tal como o pardal, esta andorinha é das espécies mais observadas, com 29.720 registos entre 2004 e 2019. Mas segundo a SPEA, apresenta também uma “tendência negativa” ao longo dos 16 primeiros anos do censo, com um “declínio acentuado” das suas populações. Esta ave migradora, que se alimenta de insectos, está mais associada ao meio rural.
Foto: Leopartnik/Wiki Commons
4. Melro-preto (Turdus merula)
Já os melros-pretos estão agora em “situação estável”, depois de terem sido considerados ao longo de vários anos com uma tendência de declínio moderado em Portugal Continental. Foram vistos ou ouvidos 29.176 melros em 16 anos.
Foto: Musicaline/Wiki Commons
5. Milheirinha (Serinus serinus)
Esta pequena ave também conhecida como chamariz tem um som característico, que se assemelha a um rádio mal sintonizado. Foram registadas 27.996 milheirinhas entre 2004 e 2019, mas esta é outra espécie associada aos meios agrícolas com um “declínio moderado” ao longo do tempo.
Foto: Luis García/Wiki Commons
6. Estorninho-preto (Sturnus unicolor)
O estorninho surge como uma das poucas aves associadas aos meios agrícolas com um “aumento moderado”, uma melhoria que alcançou este ano, e que os autores do relatório consideram que pode ter a ver com o “aumento significativo da cobertura do censo.” Ao todo, registaram-se 25.992 estorninhos-pretos.
Foto: Hans Norelius/Wiki Commons
7. Andorinha-dos-beirais (Delichon urbica)
Esta andorinha, que no último ano desceu uma posição trocando com os estorninhos, é uma das aves migradoras mais conhecida dos portugueses e um símbolo da Primavera. No âmbito do CAC, registaram-se 25.861 aves desta espécie, que apresenta uma tendência estável.
Foto: HTO/Wiki Commons
8. Trigueirão (Miliaria calandra)
Tal como o estorninho-preto, os trigueirões viram a sua situação melhorar este ano, quando passaram a ser considerados “em crescimento moderado”. Esta espécie mais comum nos meios agrícolas teve um total de 23.590 registos ao longo dos primeiros 16 anos deste censo.
Foto: Matthieu Gauvain/Wiki Commons
9. Pintassilgo (Carduelis carduelis)
Já os pintassilgos, que se mantêm no “top 10” das aves mais observadas, têm tido uma “tendência negativa” semelhante à dos pardais-comuns e das milheirinhas, indica o relatório da SPEA. “O declínio continuado de algumas espécies dos meios agrícolas é um alerta para a necessidade de monitorizar eventuais mudanças que estejam a ocorrer no meio agrícola com impacto para a biodiversidade”, avisa esta associação. Entre 2004 e 2019 foram observadas 22.243 destas aves.
Foto: Tony Hisgett/Wiki Commons
10. Rola-turca (Streptopelia decaocto)
Quanto à rola-turca, teve “um aumento considerável”, com 18.536 registos no âmbito do CAC até ao ano passado. Isso levou à entrada desta ave nas 10 mais observadas, substituindo o verdilhão.
Foto: Melissa McMasters/Wiki Commons


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