Esta foi uma das ideias avançadas na sessão “Ciência às Sextas”, do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, por Carlos Aguiar. Segundo o professor do Instituto Politécnico de Bragança isto deve-se ao fogo intenso, que está afectar a dinâmica dos ecossistemas.
“São fogos muito quentes, que libertam muita energia e que têm um grande impacto, quer nos ecossistemas, quer no solo, na reserva de Carbono que estava no solo sob a forma de matéria orgânica”, explicou.
A redução da área dos lameiros para metade também está a contribuir para que a montanha esteja “em stress”.
O Parque Natural de Montesinho é uma das áreas onde se tem verificado uma redução dos lameiros. Para Carlos Aguiar a solução passa por manter os animais na montanha.
“Obviamente que manter os animais na montanha é muito importante. Na serra de Montesinho houve um abandono maciço dos lameiros e é preciso recuperá-los. Para isso temos que ter uma produção animal que seja barata, mas os serviços ecossistémicos prestados por esses criadores tem que ser pagos ou pelo Governo ou pela escolha dos consumidores”, acrescentou.
Assuntos abordados, na passada sexta-feira, na conferência “Conservação da flora e da vegetação em montanhas com gente”, do ICNF, com Carlos Aguiar como orador.
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