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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2021

Campanha de azeite acima das expectativas em Trás-os-Montes com 15 mil toneladas produzidas

 Os cerca de 37 mil olivicultores transmontanos produziram, durante a última campanha, cerca de 15 mil toneladas de azeite.
O número é avançado pelo presidente da APPITAD - Associação de Produtores em Proteção Integrada de Trás-os-Montes e Alto Douro. Francisco Pavão adianta que a campanha superou as expetativas, quer ao nível da quantidade quer da qualidade.

“O balanço é bastante positivo, a campanha ultrapassou as expectativas, quer em termos de quantidade de azeitona e de azeite, mas sobretudo em termos de qualidade que se manteve e conseguimos azeites de excelente qualidade”, sublinhou.

Francisco Pavão sublinha que a manutenção desta quantidade e qualidade do azeite transmontano é assegurada em condições bem menos vantajosas do que, por exemplo, no Alentejo, onde existe água em abundância.

O presidente da APPITAD volta a insistir que é urgente que o Governo invista num plano de regadio para a região transmontana, para que seja possível mitigar os efeitos das alterações climáticas.

“As produções não têm vindo a aumentar assim tanto. No Alentejo que representa 77% da produção nacional e grande parte do olival plantado, 50 mil hectares são em regadio no perímetro de rega do Alqueva. Trás-os-Montes tem esta necessidade urgente de ter um plano de regadio, porque não só poderíamos manter a qualidade como aumentar as produções”, sublinhou.

 Francisco Pavão acredita que para chegar a este patamar de excelência da qualidade do azeite de Trás-os-Montes, há vários fatores a contribuir, desde logo, a adopção, por parte dos produtores, de novas regras e procedimentos, nomeadamente na antecipação da campanha.

“Primeiro, a região manteve uma aposta clara nas suas variedades tradicionais. 99% do olival que foi plantado manteve a tipologia do olival tradicional da região, como a cobrançosa, a madural, a verdial, a cordovil, pelo que os azeites mantêm um perfil constante de qualidade. Depois, os nossos produtores continuam a tratar o olival com bastante carinho e antecipou-se bastante a colheita, o que se traduz numa grande qualidade. As condições naturais, as variedades e o terroir permite obter um azeite distintos e bastante diferenciados”, refere Francisco Pavão.

O presidente da APPITAD diz ainda ser urgente que o Governo avance com um plano estratégico para a defesa e valorização do olival tradicional português, sob pena dos olivicultores virem a abandonar essa prática.

E para reforçar essa reivindicação, Francisco Pavão deixa um indicador importante. O dirigente lembra que os azeites obtidos a partir de olivais tradicionais têm ganho cerca 80 por cento dos prémios nacionais e internacionais do setor nos últimos anos. 

Escrito por Terra Quente (CIR)

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