Frederico Machado e Ricardo Alves são os responsáveis do projecto que recupera vinhas velhas no planalto mirandês.
Para Frederico Machado este prémio é uma forma de reconhecimento do trabalho que começou há quatro anos quando recuperaram a primeira vinha abandonada em Bemposta.
“Este prémio é o culminar de 4 anos de trabalho. No fundo, é o reconhecimento do trabalho em prol de muitas castas tradicionais e vinhas velhas que estavam votadas ao abandono e estamos a ver se conseguimos recuperar este património”, sublinhou.
Desde 2017, passaram de 2 para 10 hectares e de uma para 17 vinhas, produzindo actualmente 9 vinhos. Frederico Machado acredita que foi o trabalho de recuperação de vinhas velhas e castas tradicionais que foi valorizado.
“Cremos que terá sido fruto do nosso trabalho de recuperação do património da zona das arribas do Douro. Estamos numa zona desertificada, as aldeias estão um pouco abandono, a população começa a ficar bastante idosa e o projecto veio tentar com que não se perdessem as castas tradicionais daqui”, refere.
Ricardo Alves espera que o prémio ajude a promover o vinho da empresa e também a região, ainda que “não imediatamente”. “Estas coisas raramente tem esse efeito imediato, mas creio que nos ajuda a nós e principalmente à região e a chamar a atenção dos consumidores”, afirma.
Os jovens produtores de vinho esperam que no futuro haja mais pessoas a apostar na zona.
Para já continuam a aumentar o número de vinhas velhas recuperadas, que estariam destinadas a deixar de ser cultivadas, para produzir vinhos como Saroto ou Manicómio.
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