Por: Fernando Calado
(colaborador do Memórias...e outras coisas...)
Vivemos num tempo em que não acontece rigorosamente nada! O céu esqueceu-se de nós!
... nem um milagre… nem uma aparição… nem uma visão… só uma pandemia silenciosa… perscrutando a voz da ciência… de olhos postos na esperança do tubo de ensaio…
Fátima deserta… e depois? “Todos os locais são bons para rezar”…
...minha Nossa Senhora da Serra... minha Nossa Senhora do Naso... minha nossa Senhora da Assunção… da Ribeira...do Amparo… do Aviso… da Luz… da Saúde… das Neves… dos Remédios… Nossa Senhora de todos os montes... de tantos montes à espera da tua visita maternal...
...por onde andarás minha mãe Maria Santíssima!
...acho que Fátima já te dói habituada como estás à gruta de Belém!
… era 20 de fevereiro de 1920… estava frio… Lisboa de luto… e pesa-me tanto a morte de Jacinta Marto… solitária… abandonada ao maior sofrimento… de peito aberto, quase sem anestesia… no Hospital da Estefânia… e morria dolorosamente vítima duma pandemia… semelhante a outra pandemia imaginável… 100 anos depois… tinha só sete anos e tantos montes para percorrer e ser feliz!... e as ovelhas se calaram…
…minha mãe Maria Santíssima... porque não voltaste mais, Maria de Nazaré... humílima Senhora…e eu espero-te tanto em todos os desejos... minha Nossa Senhora dos impossíveis...
...não acontece nada... rigorosamente nada... Deus parece ausente cuidando das infindas galáxias...
...mas a flor mais simples perdida nos montes cumpre-se todos os anos na multiplicidade da cor... e isso me basta!... Virgem Puríssima… o rosário já me pesa…
...Deus existe na cor e na beleza!
...e eu acredito!
... nem um milagre… nem uma aparição… nem uma visão… só uma pandemia silenciosa… perscrutando a voz da ciência… de olhos postos na esperança do tubo de ensaio…
Fátima deserta… e depois? “Todos os locais são bons para rezar”…
...minha Nossa Senhora da Serra... minha Nossa Senhora do Naso... minha nossa Senhora da Assunção… da Ribeira...do Amparo… do Aviso… da Luz… da Saúde… das Neves… dos Remédios… Nossa Senhora de todos os montes... de tantos montes à espera da tua visita maternal...
...por onde andarás minha mãe Maria Santíssima!
...acho que Fátima já te dói habituada como estás à gruta de Belém!
… era 20 de fevereiro de 1920… estava frio… Lisboa de luto… e pesa-me tanto a morte de Jacinta Marto… solitária… abandonada ao maior sofrimento… de peito aberto, quase sem anestesia… no Hospital da Estefânia… e morria dolorosamente vítima duma pandemia… semelhante a outra pandemia imaginável… 100 anos depois… tinha só sete anos e tantos montes para percorrer e ser feliz!... e as ovelhas se calaram…
…minha mãe Maria Santíssima... porque não voltaste mais, Maria de Nazaré... humílima Senhora…e eu espero-te tanto em todos os desejos... minha Nossa Senhora dos impossíveis...
...não acontece nada... rigorosamente nada... Deus parece ausente cuidando das infindas galáxias...
...mas a flor mais simples perdida nos montes cumpre-se todos os anos na multiplicidade da cor... e isso me basta!... Virgem Puríssima… o rosário já me pesa…
...Deus existe na cor e na beleza!
...e eu acredito!
Fernando Calado nasceu em 1951, em Milhão, Bragança. É licenciado em Filosofia pela Universidade do Porto e foi professor de Filosofia na Escola Secundária Abade de Baçal em Bragança. Curriculares do doutoramento na Universidade de Valladolid. Foi ainda professor na Escola Superior de Saúde de Bragança e no Instituto Jean Piaget de Macedo de Cavaleiros. Exerceu os cargos de Delegado dos Assuntos Consulares, Coordenador do Centro da Área Educativa e de Diretor do Centro de Formação Profissional do IEFP em Bragança.
Publicou com assiduidade artigos de opinião e literários em vários Jornais. Foi diretor da revista cultural e etnográfica “Amigos de Bragança”.
Sem comentários:
Enviar um comentário