Joaquim Rodrigues, o pai do jovem que, segundo o Ministério Público, morreu dez dias após ter sido brutalmente agredido, testemunhou, hoje, em tribunal. Em foco estiverem as alegadas mensagens trocadas entre Giovani e uma amiga, naquela madrugada de 21 de Dezembro de 2019. As capturas de ecrã, em que se lê uma parte da conversa, sendo que Giovani conta ter sido agredido com um pau, foram trazidas recentemente para o processo, o que está a deixar a defesa dos arguidos inquieta acerca da veracidade das mesmas.
Joaquim Rodrigues nega que haja falsificação daquela conversa, que foi trocada através da plataforma Viber.
"As mensagens efectivamente foram trocadas entre o Giovani e a amiga no momento em que aconteceram as agressões. A amiga está nos Estados Unidos e o fuso horário com Portugal bateu certo. A mensagem diz que ele levou uma pancada na cabeça e a amiga perguntou-lhe se ele estava a falar a sério. Ele confirmou. Sempre acreditei desde o início que foram as agressões que levaram à morte de Giovani e continuo acreditar neste tribunal, que a justiça será feita", afirmou.
Joaquim Rodrigues disse ainda que as mensagens só agora foram trazidas para o processo porque se levanta cada vez mais a tese de ter sido uma queda a provocar a morte ao filho. Aparentemente, a mãe de Giovani terá estado com aquela jovem que lhe falou acerca das mensagens e lhe as facultou. Assim, descontente com as teses levantadas, a mãe do jovem decidiu enviar as mensagens a Joaquim Rodrigues, que as fez chegar a tribunal, de forma a apurar o que acredita ser a verdade.
Apesar de tudo, as mensagens trocadas entre os jovens vão ser analisadas. O pedido foi feito pelos advogados dos sete arguidos. Ricardo Vara Cavaleiro, advogado de um dos acusados, esclareceu que é preciso apurar a verdade.
"Aquilo que fizemos foi apresentar um requerimento ao tribunal no sentido de nos possibilitar o contraditório relativamente à proveniência desta mensagem. Queremos averiguar se essas mensagens possam ou não ter sido trocadas através da plataforma Viber", referiu.
Os sete arguidos, agora em liberdade, estão proibidos de sair do concelho e sujeitos à obrigação de apresentações bissemanais às autoridades.
As próximas sessões de julgamento acontecem dia 1 e 2 de Setembro.
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