Número total de visualizações do Blogue

Pesquisar neste blogue

Aderir a este Blogue

Sobre o Blogue

SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

sábado, 10 de julho de 2021

Cientistas descobrem como é que as aves aprendem a evitar presas tóxicas

 Uma equipa internacional de investigadores colocou chapins-azuis e chapins-reais à experiência no campo para perceberem como é que os mais novos ficam a saber o que não devem comer.
Chapim-real. Foto: Luc Viatour/Wiki Commons

Cientistas da Finlândia, Nova Zelândia, Colômbia e Reino Unido comprovaram que há aves que aprendem a saber o que comer e o que evitar, como é o caso de insectos de cores vivas, que podem ter um sabor repelente ou mesmo ser tóxicos.

“Sabíamos há muito tempo que os predadores, como é o caso das aves, associam sinais de aviso como cores vivas ao perigo de comerem certos tipos de presas. No entanto, nunca tínhamos conseguido demonstrar em meio natural como é que os predadores aprendem sobre esse anúncios aposemáticos das presas”, explicou um dos autores principais do artigo publicado na revista Nature Communications, Rose Thorogood. O aposematismo acontece quando um animal adopta cores vivas como defesa contra possíveis predadores.

“Se os predadores não reconhecerem o sinal, então as presas são altamente vulneráveis face a predadores ingénuos. Esse é um grande problema que as presas enfrentam ano após ano, quando surgem os predadores juvenis”, acrescentou a investigadora da Universidade de Helsínquia. “Como o aposematismo está muito espalhado na natureza, quisemos resolver esta questão num cenário real.”

Numa série de experiências em campo desenvolvidas por uma estudante de doutoramento da Universidade de Cambridge, a equipa decidiu testar a teoria da transmissão social de informação e identificar as possíveis implicações para as relações entre predadores e presas.

Foram colocados pares de alimentadores numa zona de bosque: um com pedaços de amêndoas de sabor natural (presas indefesas, o outro com pedaços de amêndoa de cores diferentes e sabor amargo (presas aposemáticas). Chapins-azuis e chapins-reais de populações da zona podiam reunir-se em volta e apanhar comida, mas também observar as tentativas uns dos outros.

Nos intervalos de tempo entre estas experiências, os alimentadores tinham apenas pedaços de amêndoa de sabor natural, e o comportamento das aves continuou a ser seguido. Isso foi possível através do uso de tecnologia RFID, que permitiu localizar os chapins através de radiofrequência.

Desta forma, os cientistas observaram que as aves aprenderam a evitar as amêndoas amargas passados oito dias, mas os adultos aprenderam mais depressa do que os juvenis. “Importante é que a informação sobre as amêndoas amargas pareceu fluir através de ligações sociais previstas, especialmente dos adultos para os juvenis. Isso oferece uma solução para o problema dos predadores ingénuos, pois podem aprender a observar o comportamento de outros e não por tentativa e erro”, considerou a equipa, concluindo que “desta forma as pressões de selecção sobre as presas aposemáticas fica reduzida”.

Inês Sequeira

Sem comentários:

Enviar um comentário